6 de fevereiro de 2019

Demonização de divindades



O objeto-inkisi é tido como um recipiente da força do nkisi. Frequentemente, seu corpo (nitu) é uma cabaça, uma bolsa, uma caixa de casca de árvore, um pote ou uma concha de caramujo (kikise), mas pode muito bem ser também uma estatueta de madeira à quais medicamentos foram adicionados, (ou seja os ingredientes de divinação determinados pelo sacerdote a serem adicionados).
No Kongo. O inkisi (pl. minkisi) é tido como uma força personalizada da terra invisível dos mortos; essa força escolhe, ou induzem a submeter a si mesma a algum grau de controle humano, efetuado através de performances rituais. O ritual pode ser elaborado, podendo levar de alguns minutos a anos para ser completado e requer a participação desde uma pessoa até mesma das aldeias inteiras. Os usos dos minkisi são de diferentes tipos, alguns servem para curar (buka), outros para divinação (fiela), outros para julgamento e punição (zengwa), outros para alcançar prosperidade e outros para proteção contra feiticeiros e etc.
NKISI E MUKIXI
Cerca de 370 minkisi (Bakongo) da coleção de LAMAN são usados para descobrir e corrigir as causas de infortúnios de todo tipo. 
A denominação nkisi significa: fetiche, encanto, magia e objeto de poder.
Com a vinda dos negros bantu para o Brasil Mukixi (Angola) ou Nkisi (Kongo) estado adquirido por feitiço ou magia, denominam também, as divindades que regem as forças elementares da natureza, sendo nkisi denominação kongo, a que mais predominou. 
Nkisi e Mukixi são representados por ritari (pedra), zimbo (búzio), e fragmentos de metais conforme invocação, ficando comunente instalados no umbakisi (santuário) da casa. Em determinados dias limpa-se o umbakisi, troca-se às águas das quartinhas e renovam as makúria (comidas) dos pratos, e cada divindade tem a sua própria kúria (comida) especial, e a esse trabalho da-se o nome de sukula Nkisi, o que quer dizer; lavar e dar água a divindade.
(COMPILADO DA COBANTU)