14ª Aula - PONTOS RISCADOS


Os Pontos Riscados constituem um Código de Confraria de Umbanda para comunicação entre os Guias e as Entidades Espirituais. É através deles que as Entidades se identificam por completo nos aparelhos de incorporação. Esse Código, também dito como alfabeto e linguagem cósmica com seus sinais-clichês, é composto de vários símbolos que são a base para a verdadeira Lei de Pemba, ou Coroa do Verbo, ou ainda, Coroa da Palavra, assim conhecido por muitos.
Riscado no chão ou em algum lugar específico, e representado através de sinais, são reveladores de uma série de mensagens, que tem por finalidade, atrair forças fluídicas positivas, repelirem as negativas, invocar o auxílio de outras Entidades e expedir ordens.
O Código (alfabeto) é composto de sinais geométricos tais como o ponto, a reta, o ângulo, o quadrado, o círculo, o pentagrama e o hexagrama.
Os Pontos Riscados só devem ser utilizados pelas Entidades que deles possuam perfeito conhecimento, tais como os Caboclos, os Pretos Velhos e os Exus, de forma ritualística.
Abaixo daremos os seus significados.
O Ponto (   ) - associado ao número 1, é concentrador de forças sutis, condutor e condensador;
A Reta (      ) - associada ao número 2, concentra e conduz forças sutis;
O Ângulo (     )- associado ao número 3, impulsiona e direciona forças;
O Quadrado (     ) - associado ao número 4, é captor, portanto capta e mantém forças sutis negativas;
O Círculo (    ) - associado ao número 10 é fixador e plasmador de forças sutis. Reflete forças negativas. É, pois, um escudo vibracional;
O Pentagrama (    ) - é um sinal superior, significando movimentação das forças sutis; sinal agregante de forças positivas superiores;
O Hexagrama (       ) – é também um sinal superior, significando equilíbrio de forças e sendo usado segundo as finalidades.
Para entender o mecanismo básico da Lei de Pemba, basta munir-se de paciência e de uma boa dose de vontade.
A Lei de Pemba se fundamenta em três princípios básicos que são: a Flecha, a Chave e a Raiz. Falaremos apenas sobre os dois primeiros, pois o princípio da Raiz é o que controla e situa as afinidades entre os Espíritos que se apresentam como Pretos Velhos, porque muitos deles, no Grau de Protetores, conservam como soma de seus carmas, os caracteres raciais no corpo astral. Ou seja: de Congo, Angola, Cambinda, etc. Da mesma forma os Espíritos que se apresentam como Caboclos, que dentro de suas afinidades se identificam por um sistema igual.
Feitos os dois primeiros sinais, o Orixá intermediário, Guia ou Protetor, se julgar necessário, completa com o terceiro sinal que é a Raiz. Para uma identificação total, traçam, conforme o objetivo outros sinais, que formam um conjunto, surgindo então o “Ponto” em sua totalidade.
O princípio da Flecha identifica a Banda da Entidade, isto é, se é um Caboclo, Preto Velho ou Criança.
Flecha sinuosa “Criança”.
Flecha reta “Preto Velho”.
Flecha curva “Caboclo”.
 





O princípio da Chave identifica a Linha a que pertence a Entidade.
Preto Velho
Ogum
Xangô
Ere
Orixalá
Oxóssi
Iemanjá

Pela junção dos dois sinais (Flecha e Chave), saberemos logo, de uma só vez, a sua

Banda (se é Criança, Caboclo ou Preto Velho) e sua Linha (qualquer uma das sete) e isso porque os espíritos de Crianças e Pretos Velhos estão, cada um, debaixo de uma só Vibração. Já os Caboclos se distribuem em cinco Vibrações diferentes: de Oxalá, Iemanjá, Ogum, Oxóssi e Xangô.
Linha de Preto Velho
Linha de Oxóssi
Linha de Ogum
Linha de Xangô
Linha de Erê
Linha de Iemanjá
Linha de Orixalá



Estes “

“Pontos Riscados” são sinais que as Entidades traçam ao “correr da mão”, rapidamente, sem dificuldades. São ordens escritas de um a vários setores com a identidade de quem pode e está ordenado para isto.
Como os homens firmam seus documentos, elaboram tratados e expressam seus pensamentos através da escrita, os Orixás, os Guias e os Protetores usam da pemba (giz bruto) para imantação de certas forças da Magia da Lei de Umbanda, dentro da linha da caridade.