Os Pontos Riscados constituem um Código
de Confraria de Umbanda para comunicação entre os Guias e as Entidades
Espirituais. É através deles que as Entidades se identificam por completo nos
aparelhos de incorporação. Esse Código, também dito como alfabeto e linguagem
cósmica com seus sinais-clichês, é composto de vários símbolos que são a base
para a verdadeira Lei de Pemba, ou Coroa do Verbo, ou ainda, Coroa da Palavra,
assim conhecido por muitos.
Riscado no chão ou em algum lugar
específico, e representado através de sinais, são reveladores de uma série de
mensagens, que tem por finalidade, atrair forças fluídicas positivas, repelirem
as negativas, invocar o auxílio de outras Entidades e expedir ordens.
O Código (alfabeto) é composto de sinais
geométricos tais como o ponto, a reta, o ângulo, o quadrado, o círculo, o
pentagrama e o hexagrama.
Os Pontos Riscados só devem ser
utilizados pelas Entidades que deles possuam perfeito conhecimento, tais como
os Caboclos, os Pretos Velhos e os Exus, de forma ritualística.
Abaixo daremos os seus significados.
O
Ponto ( ) - associado ao número 1, é
concentrador de forças sutis, condutor e condensador;
A
Reta ( ) - associada ao número 2,
concentra e conduz forças sutis;
O
Ângulo ( )- associado ao número 3,
impulsiona e direciona forças;
O
Quadrado ( ) - associado ao número 4, é captor,
portanto capta e mantém forças sutis negativas;
O
Círculo ( ) - associado ao número 10 é fixador e
plasmador de forças sutis. Reflete forças negativas. É, pois, um escudo
vibracional;
O
Pentagrama ( ) - é um sinal superior, significando
movimentação das forças sutis; sinal agregante de forças positivas superiores;
O
Hexagrama ( ) – é também um sinal superior, significando
equilíbrio de forças e sendo usado segundo as finalidades.
Para entender o mecanismo básico da Lei
de Pemba, basta munir-se de paciência e de uma boa dose de vontade.
A Lei de Pemba se fundamenta em três
princípios básicos que são: a Flecha, a Chave e a Raiz. Falaremos apenas sobre
os dois primeiros, pois o princípio da Raiz é o que controla e situa as
afinidades entre os Espíritos que se apresentam como Pretos Velhos, porque
muitos deles, no Grau de Protetores, conservam como soma de seus carmas, os
caracteres raciais no corpo astral. Ou seja: de Congo, Angola, Cambinda, etc.
Da mesma forma os Espíritos que se apresentam como Caboclos, que dentro de suas
afinidades se identificam por um sistema igual.
Feitos os dois primeiros sinais, o Orixá
intermediário, Guia ou Protetor, se julgar necessário, completa com o terceiro
sinal que é a Raiz. Para uma identificação total, traçam, conforme o objetivo outros
sinais, que formam um conjunto, surgindo então o “Ponto” em sua totalidade.
O princípio da Flecha identifica a Banda
da Entidade, isto é, se é um Caboclo, Preto Velho ou Criança.
Flecha sinuosa
“Criança”.
|
Flecha reta
“Preto Velho”.
|
Flecha curva
“Caboclo”.
|
O
princípio da Chave identifica a Linha a que pertence a Entidade.
Preto Velho
|
Ogum
|
Xangô
|
Ere
|
Orixalá
|
Oxóssi
|
Iemanjá
|
Pela junção dos dois sinais (Flecha e
Chave), saberemos logo, de uma só vez, a sua
Banda (se é Criança, Caboclo ou Preto
Velho) e sua Linha (qualquer uma das sete) e isso porque os espíritos de
Crianças e Pretos Velhos estão, cada um, debaixo de uma só Vibração. Já os
Caboclos se distribuem em cinco Vibrações diferentes: de Oxalá, Iemanjá, Ogum,
Oxóssi e Xangô.
Linha de
Preto Velho
|
Linha de
Oxóssi
|
Linha de
Ogum
|
Linha de
Xangô
|
Linha de
Erê
|
Linha de
Iemanjá
|
Linha de
Orixalá
|
Estes “
“Pontos Riscados” são sinais que as
Entidades traçam ao “correr da mão”, rapidamente, sem dificuldades. São ordens
escritas de um a vários setores com a identidade de quem pode e está ordenado
para isto.
Como os homens firmam seus documentos,
elaboram tratados e expressam seus pensamentos através da escrita, os Orixás,
os Guias e os Protetores usam da pemba (giz bruto) para imantação de certas forças da Magia da Lei de
Umbanda, dentro da linha da caridade.