2 de agosto de 2012

23 de julho de 2012

A ASSISTÊNCIA NA UMBANDA

A Umbanda e a Assistência
A Umbanda é uma religião de cunho assistencialista. Esse fato se fundamenta primeiramente nos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, que em sua infindável sabedoria nos ensinou que devemos “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos” e que devemos fazer aos nossos irmãos aquilo que esperamos que seja feito por nós. A Umbanda é, assim, em primeiro lugar uma religião baseada nos ensinamentos cristãos.
A Umbanda também acredita, como outras religiões, que nós, filhos de Deus, estamos em um contínuo movimento de evolução. Estamos a todo instante agindo e sofrendo a ações que tendem a nos projetar para frente no plano moral e no plano espiritual. Assim, como uma forma de nos depurarmos de erros passados e de encontrarmos engrandecimento espiritual, devemos seguir o caminho da humildade, da caridade e do perdão, tentando ajudar irmãos a amenizar seus sofrimentos materiais e espirituais, quando possível. 
Não somente nós encarnados, mas também espíritos de desencarnados estão envolvidos nesta responsabilidade de ajudar aos menos afortunados em um ciclo constante onde os mais evoluídos ajudam os menos evoluídos a galgarem os degraus da evolução. 
Nesse aspecto, a Umbanda se baseia não só nos ensinamentos cristãos como também as premissas do Espiritismo de Allan Kardec. É fato inclusive, que no Brasil, o Espiritismo assumiu, com nomes como Bezerra de Menezes e Chico Xavier, uma forma mais assistencialista de trabalho do que a primitiva matiz científica oriunda da França.
A Umbanda, finalmente acredita em tronos vibracionais, ou ainda Orixás, ou ainda Reinos de Energia da Natureza, cuja divina função é trazer para cada um de nós o equilíbrio vibracional, moldando vícios em virtudes, anulando más tendências e intensificando as boas qualidades.
                                                  
                                

A Assistência em um culto de Umbanda
Considerando que o assistencialismo é uma das facetas da religião Umbanda, chegamos a uma pergunta que embora pareça, não é tão fácil de responder. Como a assistência se inclui no culto da Umbanda?
A caridade em uma casa de Umbanda é realizada de muitas formas, dependendo do funcionamento da casa. Em primeiro lugar, podemos considerar a caridade que se presta a espíritos desencarnados que visitam esse local a fim de encontrar
conforto, orientação e paz.
Por esse mesmo motivo, algumas casas de Umbanda em suas sessões (que é como são chamados os rituais ou cultos de Umbanda) compreendem uma preparação especial para que sistematicamente ou eventualmente (dependendo da sessão e da casa) se possa receber a visita destes espíritos e se possa prestar a devida caridade a eles.
Outro ponto a se considerar, falando de caridade, é o que se presta aos próprios filhos de santo da casa (conhecidos também, entre outros nomes, como filhos de fé). Essas pessoas, em geral médiuns (das mais variadas aptidões mediúnicas) podem encontrar na casa, em seus irmãos, e nas figuras de chefia, a orientação necessária e a força indispensável para lidar com sua espiritualidade, e direcioná-la para o bem.
Finalmente, as casas de Umbanda também se destinam a fazer caridade a uma comunidade de pessoas que não pertence ao corpo de trabalho da casa. Nesta categoria de assistencialismo, o qual é o principal motivo deste texto, costumam se basear a maioria das sessões de trabalho das casas de Umbanda.
Colocando à parte rituais fechados (como Batismos, Festas, Rituais de Limpeza, etc.), a grande maioria das sessões de Umbanda são abertas à comunidade. Em um lugar característico das casas de Umbanda, conhecido como assistência, as pessoas da comunidade (ou mesmo pessoas que venham de localidades distantes), que não pertencem ao corpo de trabalho da casa, observam os cultos ritualísticos de uma sessão e se beneficiam dele.
Assim, as pessoas da assistência são defumadas, e após as incorporações dos médiuns, são convidadas a adentrar o terreiro para receberem passes e se consultarem com as entidades (exus, caboclos, pretos-velhos, crianças, mestres do oriente, etc).
Uma pessoa da assistência pode receber caridade de várias formas, como: descarga, desobsessão, conselhos sobre questões materiais ou espirituais, emanações curativas, etc.
Outros tipos de serviços à comunidade não relacionados estritamente com os cultos da casa podem também ser realizadas. Algumas casas de Umbanda oferecem, por exemplo, parte ou todo o seu espaço físico para realização de palestras ou cursos de interesse da comunidade. Também podem ser feitas campanhas de arrecadação de recursos (como alimentos ou
agasalhos). Podem ser ainda oferecidos materiais de estudos sobre a religião Umbanda e os seus rituais.
Uma questão importante discutida em algumas casas de Umbanda sobre as sessões fechadas à assistência.
A Umbanda como já foi dito, tem a missão de propagar uma mensagem de amor e caridade. Por isso; porque essa mensagem tem que ser propagada, ela não pode ficar limitada apenas aos adeptos do culto, ou seja, ao corpo mediúnico. A caridade deve ser oferecida a todos aqueles que precisam dela.
Por outro lado, sabemos que uma máquina não pode funcionar sem manutenção. Por isso, acredito que às vezes é melhor que se façam sessões fechadas (para desenvolvimento dos médiuns, limpeza espiritual da casa e dos médiuns, etc.) para que se possa oferecer uma casa e um corpo de trabalho bem preparados, para prestar a caridade à assistência em sessões abertas.

                          
A influência da Umbanda na Assistência e a influência da Assistência na Umbanda
Duas questões polêmicas nas quais as casas de Umbanda estão envolvidas sobre a assistência é qual o papel de fato da
Umbanda na vida das pessoas que freqüentam seus rituais e ao mesmo tempo, qual deve ser a postura de uma pessoa enquanto participante da assistência em um ritual de Umbanda. Estas duas questões, acredito, guardam íntima relação entre si.
A primeira questão tenta descobrir como as pessoas que participam de assistências de cultos de Umbanda, vêem esses
cultos e a própria Umbanda. O que destes cultos e das vivências neles apreendidas, elas levam para suas vidas cotidianas? Como essas pessoas se definem em termos de religião?
É certo que não podemos generalizar. Assim como em qualquer coletividade, também em uma assistência estarão presentes pessoas com pensamentos, anseios e posturas diferentes. Mas a questão que se impõe é se é necessário que essas pessoas tenham um mínimo de conhecimento do que é a Umbanda e seus cultos. E se realmente precisam enxergar a Umbanda como religião e até mesmo como a religião delas.
Uma premissa muito importante enunciada pela Umbanda é que não se deve negar ajuda a ninguém. Assim, partindo deste princípio não podemos cobrar de uma pessoa que se ela freqüenta os cultos de uma casa de Umbanda, ele se declare como Umbandista.
Sabemos que a Umbanda ainda sofre de muitos preconceitos, e que decorrente disso muitas pessoas que freqüentam cultos de Umbanda têm medo de serem rotulados pejorativamente. Também pela origem multifacetada da Umbanda e também pela premissa de ajudar a todos, não podemos e nem devemos proibir a participação de irmãos oriundos de outros religiões.
Por outro lado, podemos considerar que a falta de identificação pode causar uma falta de compromisso. Por isso talvez, sejam tão comuns as queixas sobre pessoas da assistência que vão às sessões de Umbanda apenas para “pedir coisas” mas não honrem as sessões com comportamentos condizentes com os de uma casa religiosa, ou seja, vestem-se de maneira imprópria, conversam em momentos inoportunos, entre outras coisas.
Algumas pessoas apenas visitam uma casa de Umbanda quando estão com problemas. Isso significa que não fazem da
Umbanda uma opção religiosa constante. Utilizam as sessões de Umbanda como “fast-food de consulta”, isto é, quando precisam, vão até lá, pedem o que precisam e vão embora abandonando o local até que a próxima necessidade os faça regressar.
Outras há que vão apenas aos dias de festas. Elas podem estar encarando a Umbanda como uma bonita manifestação da “cultura popular brasileira”, ou seja, uma atração turística ou ainda “coisa para inglês ver”. Visitam, acham bonito, mas não apreendem o real significado da religião praticada ali.
A outra questão, também de extrema importância, é o que a participação da assistência contribui para a sessão. Uma
assistência participativa tem o mesmo resultado para uma sessão do que uma assistência apática? O que é mais interessante
para a Umbanda, uma assistência ignorante sobre os conhecimentos (pelo menos as bases da religião) ou uma assistência consciente do que são os rituais (como momentos de uma sessão, pontos cantados em cada momento, etc) e dos porquês destes rituais.
Eu penso que essas duas questões estão inter-relacionadas porque acho que quanto mais as pessoas que compõem
uma assistência estão integradas no culto, tão mais elas respeitarão este ritual, participando ativamente dele, entendendo como e porque devem se comportar a cada momento.
Elas entenderão melhor que a religião não se pratica somente dentro dos templos, mas em todo o lugar. Elas
aprenderão que também elas têm a responsabilidade de fazer a caridade e semear a paz e amor ao próximo.

(M.S.C. - Um Trabalhador Humilde)
Fonte http://cethrio.vilabol.uol.com.br/

17 de julho de 2012

KARMA E DHARMA


A palavra de origem sânscrita “KARMA” significa em si mesma, lei de ação e conseqüência.
O KARMA (kar= agir, fazer ; ma= efeito, ação) tem como significado básico "Ação", que gera uma reação, o que mais tarde Newton traduziu como uma das leis básicas da física: "toda ação corresponde a uma reação igual e em sentido contrário".
Dessa forma, o karma pode ser considerado como o destino, a colheita, conseqüência do que nós mesmos criamos e semeamos. Expressa, portanto , o encadeamento das causas e efeitos, garantia da ordem do universo.
Mas como o karma é a própria formação do destino (do latim destinare= fixar previamente, determinar com antecipação), temos nosso destino nas mãos, não precisamos temer o novo, pois temos o livre-arbítrio para conquistá-lo.
O DHARMA, palavra que significa lei, dever, direito, justiça, designa a bagagem moral, intelectual e espiritual que o homem possui na vida presente, fruto do trabalho evolutivo de encarnações anteriores. É o resultado da aquisição individual em material pronto para se expandir. É o potencial para a vivência do karma.
Sendo assim, como o passado sempre encontra o futuro, o karma também pode ser entendido como a conseqüência futura da utilização do dharma, evidenciando que o que se planta hoje, colhe-se amanhã.
Por isso o dharma é a tarefa a ser executada nessa vida, e que foi legada à Alma por seu próprio arbítrio. É a retidão, conformidade à ordem cósmica, lei que rege nossa natureza essencial. Caracteriza então a possibilidade de evolução do homem no presente. Tanto revela o que foi aprendido e deve ser revisto como o que inexiste nele, as qualidades ainda não assimiladas. É, portanto a chave para a compreensão da missão do ser nessa vida.
E para julgar nossas ações existe nos mundos superiores o Tribunal da Justiça Divina, que também chamamos de Lei Divina, composto por seres superiores, mestres de consciência desperta cuja função é pesar nossas ações e aplicar de forma justa a sentença.
Segundo as Escrituras Sagradas, existem vários tipos de Carma:
Individual: quando é aplicado especificamente a uma pessoa (é importante ressaltar que nem todo sofrimento ou acontecimento desagradável é cármico, pois devido a nossa inconsciência podemos causar diretamente nosso sofrimento. Por exemplo, uma pessoa que é atropelada após atravessar uma rua sem a devida atenção).
Familiar: quando é aplicado de tal forma que afeta toda uma família.
Regional: quando é aplicado em determinada região.
Nacional: é uma ampliação do carma regional. Temos o exemplo de países que são assolados pela guerra, ditaduras, misérias, desastres naturais, etc.
Mundial: quando é aplicado a toda humanidade. Temos o exemplo das guerras mundiais, atualmente vemos os problemas econômicos mundiais, iminência de guerra nuclear, grandes desastres naturais, etc.
Katância: é o carma mais rigoroso, que é aplicado aos Mestres, que apesar de suas inúmeras perfeições, podem cometer erros e serem penalizados.
Kamaduro: que é o carma aplicado a erros graves, assassinatos, emboscadas, torturas, etc. Esse tipo de karma não é negociável e quando é aplicado vai inevitavelmente até as suas consequências finais.
Karmasaya: esse carma também não é negociável e é aplicado quando a pessoa comete adultério. Nas escrituras sagradas está escrito que “todo pecado será perdoado, menos o pecado do adultério.
O karma é o somatório das tendências da Alma, bagagem adquirida no trilhar da Evolução Espiritual durante as várias encarnações, portanto também são nossos maiores dons, potencialidades já trabalhadas, e que, estão prontas para serem doadas nessa vida, e por isso pode nos proporcionar grandes realizações.
O karma se torna negativo e difícil quando é um vício da Alma, um padrão cristalizado, um hábito, um caminho que a Alma não quer deixar de trilhar porque está apegada, seja por acomodação, ignorância ou pelo simples medo do novo.
Não podemos esquecer, que nesta fase de evolução planetária, é muito importante é o aprendizado do livre-arbítrio, o uso sábio da capacidade de fazermos nossas escolhas, para que possamos aperfeiçoar nosso Ser Crístico.
O termo Cristo é de origem grega (Krestòs), e significa Herói Solar, designando o Iniciado que, assim como o sol, que no centro do sistema centraliza os planetas nas suas órbitas, ao seu redor, tem a capacidade de centralizar seus corpos físico, emocional e mental, encaminhando assim suas atitudes com equilíbrio, portanto é um sábio diante do seu destino.
Essa é a possibilidade que se abre por estarmos nessa roda do karma, encadeando causas e consequências que podem nos levar à mestria do Cristo. Aceitar o dharma e se perdoar diante dos medos e das falhas, renova e floresce a Alma no seu processo de amadurecimento espiritual.

Saravá!

 

22 de junho de 2012

O USO DA PEMBA NA UMBANDA

A pemba é um objeto presente nos rituais Africanos mais antigos que se conhecem. É fabricada com o pó extraído dos Montes Brancos Kimbanda e a água que corre no Rio Divino U-Sil. É empregada em todos os Rituais, Cerimônias, festas, reuniões ou solenidades africanas.
Os médiuns e as Entidades Espirituais que atuam no Centro de Umbanda costumam desenhar pontos riscados com um giz de calcário, conhecido como pemba. Esse giz mineral, além de ser consagrado para ser utilizado nos pontos riscados, também pode ser transformado em pó e utilizado para outros fins de rituais de limpeza e proteção.
Quando uma Entidade se utiliza da pemba para riscar os pontos, ela está movimentando energias sutis que, dependendo dos sinais, pode atrair ou dissipar energias. Esses símbolos estão afins a determinada “egrégoras”, firmadas no astral, há muito tempo. A pemba, quando cruzada, ou seja, magnetizada por uma Entidade, se torna um grande fixador de energias.
                                                   
A pemba é utilizada para riscar pontos nas pessoas, mas principalmente riscar os pontos no chão. Cada ponto tem um significado que só a Entidade que risca sabe. O ponto quando riscado está criando um elo com o plano espiritual que emana energias, fluídos e vibrações diretamente no ponto. Na maioria dos casos quando é riscado um ponto a entidade põe alguém necessitado dentro dele, é quando a pessoa, às vezes, sente as vibrações, dependendo de sua sensibilidade. É possível também um médium vidente ver os pontos riscados brilharem e emanarem luzes diversas. A cor da pemba varia de acordo com as regras de cada centro e de acordo com cada Entidade. Normalmente ela é branca.
                                                  
O termo pemba também é utilizado com relação à Lei Maior, ou seja os trabalhadores da Umbanda são filhos de pemba, ou seja, estão sobre a proteção da Lei Maior. Dependendo de sua conduta, cumprindo com suas tarefas no Bem, ele estará protegido, ou caso não aja decentemente, lhe será cobrado para que responda pelo mal que fez e volte a caminhar no Bem.
As entidades espirituais que atuam no movimento umbandista se identificam por meio de sinais riscados traçados geralmente com um giz de calcário conhecido como pemba. Esse giz mineral além de ser consagrado para ser utilizado para escrita magística também, pode ser transformado em pó e utilizado de outras formas em preparações ou cerimônias ritualísticas.
E o termo pemba também é utilizado na Umbanda no sentido de Lei, ou seja, confome o linguajar de Umbanda, se você está sob a Lei de Pemba, você está sob a Lei maior e isso possui sérios agravantes principalmente se o médium se desvirtua de sua tarefa, pois nesses casos a cobrança é imediata. Então, estar sob a corrente de Umbanda, estar sob a Pemba, exige muita cautela, mas por outro lado se o médium procurar cumprir suas tarefas e mantiver uma postura decente, essa mesma lei pode lhe ser favorável e muito útil porque o mesmo terá o auxílio direto das entidades do astral que lhe proporcionarão forças para trabalhar com dignidade.
Voltando a questão da escrita, não é sem propósito que a Lei é chamada de pemba pois, essa escrita sagrada traduz sinais que estão afins a determinadas egrégoras firmadas no astral a muito tempo. Assim, quando uma entidade de fato traça um sinal de pemba, ela está movimentando energias sutis, que na dependência da variação desses sinais, pode atrair ou dissipar determinadas correntes de energia com muita eficácia.
                                              
Esse assunto é muito complexo para ser aberto em um livro, mas no decorrer dos trabalhos mediúnicos o médium de fato e direto, segundo sua missão, merecimento e afinidades, pode receber determinados sinais diretamente das entidades espirituais que o assistem, no intuito de escudar esse médium contra o assédio do sub-mundo espiritual.
E se o leitor quiser se aprofundar um pouco mais nesse tema poderá consultar diversas outras obras que tratam com mais profundidade sobre o assunto, em especial recomendamos os livros: ‘O Arqueômetro’ de autoria de Saint Yves D´Alveydre, ‘Pemba- A grafia dos Orixás’ de autoria de Ivan Horácio Costa (mestre Itaoman) e ‘Umbanda – a Proto-síntese Cósmica’ de autoria de F. Rivas Neto (mestre Arapiaga); Essas obras trazem muitas elucidações reais sobre o tema.
No mais, lembramos que esses sinais são de uso exclusivo das entidades vinculadas a corrente astral de Umbanda e sua utilização inadequada por pessoas não habilitadas podem gerar uma série de aborrecimentos bem como atrair determinadas energias e entidades de difícil controle que podem levar o indivíduo às raias da loucura.

Portanto, é necessária muita cautela nesse tema e é por isso que na maioria dos terreiros, casas, agrupamentos ou templos de Umbanda, as entidades ensinam e utilizam outros sinais mais simples e simbólicos, apenas de efeito elucidativo (por exemplo: corações, machados, espadas etc.), deixando os verdadeiros sinais de pemba velados até que os filhos amadurecem e possam adentrar nesses campos com segurança. Enfim, o importante é procurar trabalhar e deixar que as entidades atuem da forma que elas acharem conveniente porque com certeza elas nos conhecem melhor do que nós próprios pensamos que nos conhecemos...

30 de maio de 2012

DEFUMAÇÃO NA UMBANDA



                                           

Em todos os terreiros de umbanda iremos nos deparar com um momento chamado defumação. E como diz um de nossos pontos cantados "Filho quer se defuma, Umbanda tem fundamento, é preciso preparar..."

A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda. É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem cai pela primeira vez assistir a um trabalho.

A principal função da defumação realizada tanto na Umbanda quanto nas demais seitas religiosas através dos tempos, desde a Antiguidade, é com a queima de ervas e resinas, modificar a energia existente no ambiente para equilibrá-lo de acordo com a necessidade.

a Umbanda, a defumação é realizada no início dos trabalhos, realizando a limpeza do ambiente, do corpo de médiuns e dos assistentes. Dependendo dos trabalhos realizados, deve-se limpar o ambiente com a defumação mais de uma vez ao longo do dia, para atrair e facilitar o trabalho que esteja sendo realizado pelas entidades.

Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem ao nosso aura e nosso corpo astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos.

Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos ar, fogo e vegetal que a compõe, pois interpenetra os campos astral e mental e o aura, tornando-os novamente “libertos” de tal peso para produzirem seu funcionamento normal.

Além de suas propriedades astrais a defumação ajuda a mente do médium e da assistência, ou dos residentes daquele local, a entrarem em contato com os guias e protetores. Ou seja, o perfume da defumação estimula nossos centros nervosos (plexos) a captarem com mais qualidade as energias superiores, mantendo a mente da pessoa mais concentrada e propícia a esta percepção.

            

Mas cuidado:
A utilização das ervas, pedras e águas é algo simples quando se tem conhecimento, no entanto é uma bomba relógio negativa e poderosa quando não se sabe o que está fazendo. E isso é mais sério ainda quando falamos no uso ritualístico destes elementos pois muitas regras devem ser conhecidas e respeitadas. É o cuidado com a energia da Lua, com o horário, com o sentido, com a necessidade específica de cada um e assim por diante, mesmo porque uma erva “boa” para um pode ser um tormento para outro.
Saiba que um banho de descarrego tomado em horário errado pode piorar uma situação espiritual. Uma pedra usada como jóia pode ser a causadora das dores intermináveis. Uma defumação feita em sentido contrário pode, ao invés de limpar, atrair mais carga. Portanto sempre digo que estudar é fundamental, é sair do automático, é sair do domínio dos dominadores e agir com bom senso e sabedoria. Sinceramente, acredito que nada substitui a sensação do Saber.
E pensando nisso, pensando em estimular o Saber, vejam essas ervas que ajudam a concentração mental e no estimulo do pensar: aniz estrelado; alecrim; manjericão; peregum verde; alfavaca, agrião, couve, babosa e tapete de Oxalá. Essas ervas podem ser jogadas da cabeça para baixo e esse banho é mais aconselhável ser tomado no horário da manhã.
As pedras indicadas para ajudar o raciocínio e o estudo são: quartzo verde, esmeralda, amazonita, ágata verde, lápis lazuli e, em especial, temos a Sodalita que ativa o potencial para adquirir conhecimento, estimulando a memória e o raciocínio. Só não se pode esquecer que as pedras devem ser limpas, energizadas e programadas constantemente, caso contrário tornam-se verdadeiras irradiadoras de energias negativas.
E para ajudar a potencia energética dos banhos e da limpeza das pedras, pode-se usar a água da fonte que tem energia harmonizadora e equilibradora, afinal seu rumo natural passa por poderosos pontos da natureza.

Mas como sempre falo e repito... Tudo é uma ciência e temos de estudar! Não devemos cair no achismo ou mesmo no talvez....
A Umbanda tem fundamento e é preciso preparar!   
              
                               
Axé e uma boa semana a todos!

22 de maio de 2012

QUANDO A BOCA CALA... O CORPO GRITA!!!


Nelson Torres

Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico.
A enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma.
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a “criança interna” tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra.
O câncer mata quando não se perdoa e/ou cansa de viver.
E as dores caladas? Como falam em nosso corpo?
A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção.
O caminho para a felicidade não é reto, existem curvas chamadas Equívocos, existem semáforos chamados Amigos, luzes de precaução chamadas Família, e ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada Decisão, um potente motor chamado Amor, um bom seguro chamado , abundante combustível chamado Paciência.
Mas principalmente um maravilhoso Condutor chamado DEUS, ou como O queiram chamar.

29 de abril de 2012

16 de abril de 2012

CONDUTA MORAL

Olá irmãos


Que Oxalá nos abençoe sempre

 Achei um texto muito interessante na internet, texto que todos nós médiuns deveríamos ler e aprender. Com certeza nosso trabalho mediúnico fluiria melhor.

Conduta Moral, Espiritual e Física dos médiuns dentro da corrente astral de Umbanda.


1 - Manter dentro e fora da Tenda, isto é, na sua vida espiritual ou religiosa particular, conduta irrepreensível, de modo a não suscitar críticas, pois qualquer deslize neste sentido irá refletir na sua Tenda e mesmo na Umbanda, de modo geral.


2 - Procurar instruir-se nos assuntos espirituais elevados, lendo livros indicados pela Direção Espiritual do Terreiro, bem como assistindo palestras nesse sentido.


3 - Conservar sua saúde psíquica, vigiando constantemente o aspecto moral.


4 - Não julgar que seu protetor ou sua entidade é o mais forte, o mais sabido, muito mais "tudo" que o do seus irmão, médium também.


5 - Não viva querendo impor seus dons mediúnicos, contando, com insistência, os feitos de seus guias ou protetores. Lembre-se de que tudo isso pode ser problemático e transitório e não esqueça de que você pode ser testado por outrem e toda essa conversa vaidosa ruir fragorosamente.


6 - Dê paz a seu protetor no astral, deixando de falar tanto no seu nome, isto é, vibrando constantemente nele. Assim, você está se fanatizando e "aborrecendo" a entidade. Fique certo de que, se ele, o seu protetor, tiver "ordens e direitos de trabalho" sobre você, poderá até discipliná-lo, cassando-lhe as ligações mediúnicas e mesmo infringindo-lhe castigos materiais, orgânicos, financeiros, etc. Se você for desses que, além de tudo isso, ainda comete erros em nome de sua entidade protetora...


7 - Quando for para a sua sessão, não vá aborrecido e quando chegar lá, não procure conversas fúteis. Recolha-se a seus pensamentos de paz, fé e caridade pura para com o próximo.


8 - Lembre-se sempre de que sendo você um médium considerado "pronto" ou em desenvolvimento, é de sua conveniência tomar banhos de descargas ou propiciatório determinados por seu guia ou protetor, Seu for médium em desenvolvimento, procure saber quais os banhos e defumadores mais indicados, que poderá ser dado pela direção do terreiro.

- Não use guias ou colares de qualquer natureza sem ordens comprovada de sua entidade protetora responsável direta e testadas no terreiro.

10 - Não se preocupe em saber o nome do seu guia ou protetor antes que ele julgue necessário e por seu próprio intermédio. É de toda conveniência também para você, não tentar reproduzir, de maneira alguma, qualquer ponto riscado que tenha impressionado dessa ou daquela forma.


11 - Não mantenha convivência com pessoas más, viciosas, maldizentes etc... Isto é importante para o equilíbrio de sua aura e dos seus próprios pensamentos. Tolerar a ignorância não é compartilhar delas...


12 - Acostume-se a fazer todo o bem que puder, sem visar as recompensas.


13 - Tenha ânimo forte através de qualquer prova ou sofrimento. Aprenda a esperar e confiar...


14 - Não tema a ninguém, pois o medo é prova de que você está em débito com sua consciência.


15 - Lembre-se sempre de que todos nós erramos, pois o erro é da condição humana e portanto ligado a dor, a sofrimentos vários e, conseqüentemente, às lições, com suas experiências... Sem dor, sofrimento, lições e experiências não há Karma, não há humanização nem polimento íntimo. O importante é que não se erre mais. Ou não cometer os mesmos erros.


16 - Zele por sua saúde física, com uma alimentação racional e equilibrada
.

17 - Não abuse de carnes, fumo e outros excitantes, principalmente o álcool.


18 - Nos dias de trabalhos, regule a sua alimentação e faça tudo para se encaminhar a sessão espiritual, limpo de corpo e espírito.


19 - Não se esqueça, hipótese alguma, de que não se deve ter relações ou contatos carnais na véspera e no dia dos trabalhos.


20 - Tenha sempre em mente que, para qualquer pessoa, especialmente o médium, os bons espíritos somente assistem com precisão, se verificarem uma boa dose de humildade ou de simplicidade no coração. A vaidade, o orgulho e o egoísmo cavam o túmulo do médium

- Aprenda lentamente a orar confiando em Jesus, o Regente do planeta Terra.
Cumpra as ordens ou conselhos de seu Guia ou Protetor.
Ele é seu grande amigo e somente trabalha para a sua felicidade.

* PROCURAR EVITAR AGITAÇÕES E FICAR O MAIS CALMO POSSÍVEL.


* TOMAR BANHO DE DEFESA ANTES DOS TRABALHOS.


* EVITAR BEBIDAS ALCÓOLICAS E FUMAR O MENOS POSSIVÉL.


* PROCURAR DECORAR E CANTAR OS PONTOS DURANTE O RITUAL.


* ESTAR SEMPRE EM SINTONIA E ATENTO AO RITUAL.


* AUXILIAR SEMPRE NO QUE FOR NECESSÁRIO.


* PROCURAR PARTICIPAR E COMPREENDER O RITUAL.


* SER SEMPRE PONTUAL E NÃO FALTAR SEM NECESSIDADE.


* SEMPRE MANTER UM BOM RELACIONAMENTO COM SEUS IRMÃOS DE FÉ.


* EVITAR FOFOCAS, E COMENTÁRIOS DESNECESSÁRIOS E CONVERSAS IMPRODUTIVAS.


*RESPEITANDO E TRATANDO COM CARINHO A TODOS PARA RECEBER O MESMO TRATAMENTO DOS IRMÃOS DE FÉ.


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OS DEFEITOS MAIS COMUNS, A SABER:


- O ORGULHO,o EGOÍSMO, a VAIDADE, a FEROCIDADE, a SENSUALIDADE

são inimigos tenazes,que devemos um por um combater e vencer, a custa de lágrimas e de sangue, por que são estigmas que nos vêm do nosso passado de brutos e estão profundamente arraigados em noso coração.

Resolver lutar,começando pelo menor defeito e perseveranso tenazmente até o fim.


A luta contra nossas paixões é terrível e só consegue triunfar delas quem têm ânimo forte,vontade firme e fé, sobretudo fé, nas luzes e nas forças que nos vêm do alto.


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AUTO - APERFEIÇOAMENTO


CADA UM RECEBERÁ SEGUNDO SUAS OBRAS!


Para ser médium não basta servir de instrumento à manifestação de Espiritos.

É preciso,sobretudo,renovar-se moralmente,espiritualizar-se dia por dia,com base no evangelho redentor.

A reforma liberta o individuo da escravidão das paixões.

Os vícios escravizam o Espirito na carne,continuam a escravizá-lo,depois da morte e então, não podendo os viciados satisfazê-los inteiramente,pela ausencia do instrumento carnal,comparecem às sessões de falso espiritismo, assaltam os médiuns que aí encontram,incorporam-se neles e dessa forma se satisfazem,fumando,bebendo,e praticando outros atos ainda menos edificantes.

Se não nos reformarmos,como espiaremos as faltas?

E não o fazendo,como poderemos nos libertar das provações?

Os médiuns,há alguns que se esforçam e procuram obter melhoria espiritual; a maioria, porém, e infelizmente, nenhum esforço desenvolve nesse sentido e deixa-se levar passivamente pelas circunstancias.

Esquecidos do compromisso que assumiram no espaço, antes da encarnação,deixam-se dominar pelas tentações do meio ambiente,material e grosseiro,esquecem-se de suas tarefas coletivas e passam a viver a vida de comodidades e de vantagens pessoais, fracassando.

A maioria dos médiuns não lê o Evangelho,uns por serem incultos,outros por falta de hábito,outros,enfim, por julgarem que esse estudo não lhes é necessário, visto que os Espiritos,que por seu intermédio se manifestam ao publico,bastam para orientá-los com mais autoridade e conhecimento.

Que Oxalá nos abençoe sempre


Saravá  .'.


10 de abril de 2012

CRESCIMENTO ESPIRITUAL



Olá irmãos


Que a paz de Oxalá esteja com todos


O crescimento espiritual é o processo de despertar interno, e de tornar-se consciente do nosso ser interno. Significa o aumento da consciência além da existência ordinária, e o despertar para algumas verdades universais. Significa ir além da mente e do ego e realizar quem você é realmente.


O crescimento espiritual é um processo de verter nossas concepções, pensamentos, opinião e idéias, e tornar-se errados e irreais cada vez mais consciente e ciente de nosso ser interno.


Este processo descobre o espírito interno que está sempre atual, mas escondido além da ego-personalidade. O crescimento espiritual é de grande importância para todos, não somente para os povos que procuram a iluminação espiritual e escolhem viver em lugares isolados.


O crescimento espiritual é a base para uma vida mais harmoniosa para todos, uma vida livre da tensão, do medo e da ansiedade.


Descobrindo quem nós somos realmente então nós tomamos uma aproximação diferente à vida. Nós aprendemos a não deixar circunstâncias exteriores influenciar nossos ser e estado de ânimo internos.


Nós manifestamos a compostura e o destacamento, e nós desenvolvemos o poder e a força internos, que são ferramentas muito úteis e importantes.


O crescimento espiritual não é o meio para escapar das responsabilidades, comportar-se estranha e assentar bem em uma pessoa com pouco prática. É em uma pessoa mais forte, mais feliz e mais responsável do método do crescimento e de se trabalhar bem.


Você pode andar no trajeto do crescimento espiritual, e ao mesmo tempo viver o mesmo tipo de vida que todos vivem.


Você não tem que viver uma vida isolada em algum lugar triste. Você pode ter uma família, trabalhar ou ter um negócio próprio, no entanto ao mesmo tempo acoplá-lo nas práticas que conduzem ao crescimento interno.


Uma vida equilibrada exige que nós cuidemos não somente das necessidades do corpo, dos sentimentos e da mente, mas igualmente do espírito, e este é o papel do crescimento espiritual.



 Que Oxalá nos abençoe sempre



 Saravá .'.
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30 de março de 2012

OS SETE REINOS DA UMBANDA - ULTIMA PARTE


1-     Reino do Fogo – Orixá regente Ogum – cor vermelha – iniciativa
Características: Criação, nascimento, impulso, iniciativa, calor, rompimento, manutenção, destruição, guerreiros, tudo que é vermelho, velas, ferro, espadas, lanças, escudos, liderança, princípio, proteção, caminhos, ondas eletromagnéticas, espada de ogum.
A primeira mensagem que nos vem á mente, quando vibramos a palavra Ogum é a do guerreiro.
É aquele que avança, sem medo, sobre o desconhecido, é aquele que abre caminhos, para que os demais possam trilhá-lo, sem preocupações ou receios, que toma a iniciativa, que vai á frente empunhando a bandeira e fazendo se respeitar, se preciso for pela espada e pela lança.
Nada o detém, pois sua determinação é como o ferro; não muda de idéia facilmente e sabe muito bem, quais são as suas metas e objetivos.
Além de avançar, de romper barreira, é ele quem garante a segurança pelos caminhos, e aí incluímos todos os caminhos, os materiais e espirituais. É ele quem garante que a ordem seja cumprida.

2-     Reino da Terra – Orixá regente Xangô – cor marrom – estrutura
Características: corpo físico, educação, controle, juízes, leis, regras, justiça, rochas, pedras, cristais, tudo o que é marrom, estrutura, esqueleto, pedreiras, rosas amarelas, balança, lei de ação e reação, karma, sustentação, suporte, espada-de-Xangõ, destino, sal grosso, obstáculos.
Xangô é o Orixá responsável pela justiça, é o senhor das leis, das estruturas...
Esta vibração cósmica geradora regula as leis universais, da matéria e do espírito, é o senhor do karma, sua balança é imparcial.
Determinado, rege todas as situações e ambientes onde se faça necessário o cumprimento das leis, sejam elas leis dos homens, da natureza ou de Deus.
Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal, é o Orixá do raio e do trovão. Miticamente, o raio é uma de suas armas, que ele envia como castigo. Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados – a famosa balança da justiça. Seu axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos a flor da terra, nas pedreiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis.


3- Reino do Ar – Orixá regente Iansã – cor amarela – expansão
Características: mente, pensamentos, rapidez, som, música, comunicação, ventania, brisa, tempestade, tudo que é amarelo, oxigênio, planeta mercúrio, crescimento, incensos, aromas, aromas das flores,  movimento, dualidade, crianças, correria, atmosfera, espada-de-iansã, furacão, fumaça, defumação, sinos, rojões, trovões, explosões.
Senhora dos ventos e das tempestades, Iansã governa o reino do ar, tem predomínio sobre tudo aquilo que é gerado através do ar.
Em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura de Santa Bárbara, talvez por causa do raio, já que a Santa é sempre invocada para proteger um fiel de uma tempestade. Deve ser saudada após os trovões, não pelo raio em si, mas principalmente porque tem sido Iansã uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, cconsequentemente, da tempestade.

3-     Reino da Água – Orixá regente Iemanjá – cor azul-claro – adaptabilidade
Características: emoções, água, mãe, tudo que é azul, emocional, sal marinho, fertilidade, nascimento, gravidez, leite, banhos, rios, lagoas, cachoeiras, cascatas, flores brancas, perfumes, líquidos corporais, aceitação, ondas, mares, amor, amor materno, beleza, útero, navios, marinha, pescadores, marinheiros, praia, areia, suavidade, sensualidade, fases, família, delicadeza, explosões emocionais, calmaria, maremoto.
É a grande mãe. Rainha das águas, divide com os outros Orixás femininos o reinado sobre as águas, mas por ser a vibração responsável pelo mar, é representada como a vibração cósmica do reino das águas, pois é dominante em nosso planeta.
Além de ser a mãe de todos os seres vivos, pois a vida nasceu na água, é considerada a mãe de quase todos os orixás de origem ioruba(com exceção de logunnedê).
Sua vibração é de tolerância, aceitação e carinho. Iemanjá significa energia geradora, os elementos geradores, o eterno feminino, o princípio das águas, a divindade da fecundação, da gestação, etc...

5 – Reino das Matas -  Orixá regente Oxossi – cor verde – Independência
Características: caboclos, irmãos, sustento, individualidade, liberdade, paciência, remédios, conhecimento, trilhas, plantas, árvores, ervas, flores, madeira, tudo o que é verde, chás, banhos de ervas, flechas, arco e flecha, índios, direção, animais, insetos, pássaros, floresta, plantações, solidão, cobras, fumaça, defumação, cheiro de mato, fumo, folhagens, cipós, estômago, digestão, intestino, penas, samambaias.
É o caçador. Aquele que se embrenha nas matas para buscar o sustento. É o que caminha pelas trilhas, o que abre caminhos pela floresta e matas cerradas, é o que vai ao encontro de novas tribos.
Oxossi é o Orixá masculino ioruba responsável pela fundamental atividade da caça. É o solitário, o que espera a caça, aquele que tem paciência e passa dias esperando atingir seus objetivos.
É representado como caboclos e índios nos terreiros de umbanda, pois são estes que mais se identificam com o Orixá cósmico Oxossi.
A mata é a fonte de sustento, e também onde encontramos todas as ervas e plantas que utilizamos para fazermos a maioria dos remédios; é portanto, um Orixá ligado à cura das doenças, seus mensageiros espirituais dominam as técnicas da manipulação das energias existentes neste reino.

6- Reino da Humanidade – Orixá regente Oxalá – cor branca – livre-arbítrio
Características: Pai, Cristo, pureza, beneficência, ajuda ao próximo, a sociedade, fé, profissões, diferenças, raças, evolução, tudo o que é branco, regras sociais, culturas, flores brancas e delicadas, perfumes suaves, estrela, céu, religião, leis naturais, o planeta terra, leis de Deus, evangelho, criação da humanidade, roupas brancas, sol, ciência, lugares altos, paz, amor, caridade, fraternidade.
Oxalá é considerado o principal Orixá dentro do panteão africano.
Esta importância deve-se ao fato dele ser o pai dos outros Orixás e também o Orixá responsável pela criação da humanidade. Esta é a razão do sincretismo existente entre Jesus e Oxalá, pois ambos são responsáveis pela humanidade, pelos homens, cada um dentro de uma cultura.
Em nossos estudos tratamos os Orixás como vibrações cósmicas, ou seja, entidades espirituais que possuem um altíssimo grau de evolução espiritual; são seres que comandam a construção do universo. Para Oxalá, foi dada pelo criador, a responsabilidade de criar e zelar pela humanidade.
É nesta fase que exercemos o livre-arbítrio, e é neste reino que erramos e aprendemos, e para completarmos o processo evolutivo reencarnamos várias vezes.
É esta vibração cósmica, a responsável pela paz, pela fraternidade, pelas relações sociais, o sentimento religioso, é conhecido por outras filosofias e religiões como o governador do sistema solar.
Oxalá não tem mais poderes do que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. É o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do CEO e da terra, é o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores.

7 – Reino das Almas – Orixá regente Omulu – cor preta – espiritualidade
Características: o inconsciente, escravidão, os avós, magia, exus, quiumbas, morte, cemitério, doenças, a cura das doenças, eguns, tudo o que é preto, cor roxa, mistérios, infinito, mundo espiritual, perturbações, obsessões, lugares sombrios, vela preta ou preta e branca, pipoca, hospitais, necrotérios, túmulos, velhice, sabedoria, pretos velhos, cruz, cruzeiro, sofrimento, dor, punição, lama, brejo, transformação, mediunidade, cura espiritual, profundezas, expiação, regeneração, transcendência.
Omulu é o Orixá das doenças e das curas. É o responsável pela vida e pela morte. Ele simboliza a sabedoria, os mais velhos, daqueles que atingiram o último estágio.
Na Umbanda a linha dos pretos velhos é a representante do reino das almas, embora encontremos também caboclos pertencentes a linha das almas.
A vibração cósmica de Omulu é a vibração responsável pelas pestes e epidemias, assim como pela cura destas doenças. Seu campo de atuação é o cemitério.
Neste reino é onde encontramos todas as almas, os espíritos evoluídos ou não. Omulu é responsável por todas aquelas almas que ainda sofrem, almas que ainda se encontram presas em suas ilusões e doenças espirituais. Ele que encaminha as almas desencarnadas.
Fonte: Umbanda: Os sete reinos sagrados - Manoel Lopes

16 de março de 2012

OS SETE REINOS DA UMBANDA - "PRIMEIRA PARTE"


                                            
CAMPOS DE FORÇA
 O termo campo é emprestado da física moderna. A maioria de nós já estudou nos cursos básicos, os princípios de eletricidade e das partículas elementares: elétrons e prótons.
O elétron é definido como uma partícula que possui carga elétrica, ou seja, se colocarmos outro elétron notaremos a manifestação de uma força de repulsão entre as duas partículas.
Afirmamos  então, que existe ao redor da partícula denominada elétron, um campo elétrico, onde qualquer partícula que possua carga elétrica, colocada dentro deste campo sofrerá a ação de uma força.
Interação entre os Universos
Sabemos que os espíritos agem sobre a matéria; basta pensarmos em nós mesmos, pois somos espíritos encarnados ( ligados a matéria ), ou seja, nosso espírito controla todo nosso corpo, ele tem ação sobre a matéria.
Mas, se espírito e matéria são princípios diferentes e existem em universos diferentes e com características diferentes, como se processa esta interação entre estes universos ( o material e o espiritual).
É ponto pacífico a interação, pois além do exemplo dado acima basta ir a um terreiro de umbanda e assistir as manifestações dos guias: caboclos, pretos velhos, exus, crianças etc.
Dizemos que a interação entre matéria e espírito se dá através da interação entre o “campo etérico e o campo estrutural” ou “Duplo Etério”.
Campo Etérico
É o conjunto de todas as radiações geradas pela matéria independente de sua natureza. A matéria gera o campo etérico, mas, as perturbações no campo etérico também produzem alterações na estrutura da matéria.
Campo Estrutural
O “Campo Estrutural” é gerado e mantido pela vontade do espírito.
Como exemplo, pedimos que você mentalize uma estrela vermelha. Neste processo de mentalização, seu espírito plasmou na dimensão espiritual a imagem de uma estrela vermelha. Esta imagem é mantida pela sua vontade e através das ondas mento-emocionais  emitidas por você.
Se você parar de mentalizar a estrela, ela provavelmente deixará de existir, por isto é que afirmamos que o espírito gera e  mantém o campo estrutural.  Lembramos que todos os espíritos possuem a capacidade de gerar campos estruturais, alguns possuem mais habilidades e força, mas todos possuem a capacidade de gerar e manter os campos estruturais.
As chamadas “formas-pensamentos” são um dos tipos de campos estruturais artificiais criados pelos espíritos. Os campos estruturais são formados a partir das ondas mento-emocionais geradas pelos espíritos. A energia mantenedora dos campos estruturais são as vibrações espirituais.
Quando falamos de espíritos estamos nos referindo a todos, sejam encarnados ou não.
Naturalmente que estão incluídos os Caboclos, Pretos Velhos, Exus e toda hierarquia de guias e protetores espirituais, mestres, anjos e Orixás.
Estes campos quando gerados podem ser mantidos por um único espírito ou por uma comunidade de espíritos, o que normalmente chamamos de egrégoras.

                                                      

As egrégoras são estruturas espirituais criadas e mantidas por um conjunto de espíritos.
Egrégora é um Campo Estrutural específico, formado pelas vibrações espirituais oriundas de muitas origens.Estes campos estruturais chamados egrégoras são criados, mantidos, alterados e destruídos por nós, mas também devolvem energia e força a todos aqueles que participam da sua formação.A energia espiritual devolvida pela egrégora sempre é bem maior do que a energia espiritual fornecida por nós e também é proporcional ao número de espíritos que a compõem.

                                                     

Manifestações do campo Estrutural

1.      Aquilo que os espíritas chamam de perispírito, nada mais é do que um campo estrutural, a própria doutrina diz que os espíritos podem mudar a sua “vestimenta fluídica”  na hora que quiserem.
2.      Podemos dizer que um templo de umbanda é uma construção(um salão, uma casa, uma sala, etc.), mas é mais do que uma simples casa. Dizemos que existe neste lugar um campo estrutural, que é mantido por todos os participantes deste templo (incluindo os espíritos de caboclos, pretos velhos, Exus, etc).
Este campo estrutural transformou aquela construção num lugar sagrado, e todos aqueles que participam do templo de Umbanda alimentam o campo estrutural com suas ondas mento-emocionais, e desta forma sentem a influência do campo estrutural, mantendo respeito, a educação, a compostura, o equilíbrio que o lugar inspira.
3.      O campo Estrutural transfere para aquelas pessoas que estão em sua área de atuação as mesmas  características das ondas mento-emocionais que estão mantendo a egrégora. Quando estão em oração, mesmo sem saberem, estão alimentando e mantendo o campo estrutural do templo de umbanda.
4.      Quando temos um desentendimento com uma pessoa, esta pessoa cria um campo estrutural negativo sobre nós, enquanto aquele desentendimento existir, a pessoa estará alimentando com as ondas mento-emocionais aquele campo estrutural negativo.
5.      Nós mesmos geramos campos estruturais sobre nós, alguns podem acabar nos prejudicando, nos limitando. Muitas vezes somos vítimas dos nossos próprios campos estruturais. Em função de todas as nossas encarnações, geramos um campo estrutural que é fruto da nossa evolução e experiências vividas, sejam elas boas ou más. Este campo é normalmente responsável pelas nossas limitações, ou em outras palavras pelo nosso destino, ele nos prende e nos influência.