A todos os presentes uma boa tarde e aos que
ficaram impossibilitados de comparecer, nossa boa tarde também, através da
sintonia e vibrações que serão aqui emanadas.
Primeiramente, quero lembrar a todos que
devemos estar com os pensamentos voltados para o bem, em silêncio e numa
corrente de harmonia, paz e tranquilidade. As vibrações que aqui ocorrem são
trocas de energias entre consulentes e guias (através dos médiuns) que estarão
trabalhando, doando seus fluidos e melhores sentimentos para atingir os
objetivos dentro da caridade e do merecimento. Nem tudo é resolvido na hora ou
em uma sessão. Todos devem ter perseverança, paciência e fé, fazendo a sua
parte (orar, banhar, iluminar), Só JESUS CRISTO (OXALÁ) fez as coisas em seu
momento (transformando água em vinho, curando Lázaro, multiplicando os pães,
etc.). Portanto, vamos procurar estar sempre sintonizados com a
espiritualidade, ajudando no desenvolvimento dos trabalhos e alcance dos
objetivos voltados para o bem, sejam para si, seus familiares, amigos e, porque
não, seus desafetos?
JESUS disse: ame ao próximo como a ti mesmo.
Uma das coisas que devemos fazer para
estarmos sintonizados com a espiritualidade é a prece. E é sobre ela que
passaremos a falar.
A PRECE é um ato de adoração. Orar a DEUS é
pensar n’Ele; é aproximar-se d’Ele; é colocar-se em comunicação com Ele. Há
três coisas que podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir e
agradecer. Pode-se dizer também que a prece é uma invocação, mediante a qual o
homem entra pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode
ter por objetivo um pedido, um agradecimento ou uma glorificação. Orar não é
apenas, suplicar, louvar, reclamar ou requerer. É, sobretudo, sintonizar
pensamentos e emoção, construir fecundas conjugações mentais, estabelecer
circuitos de poderosas energias construtivas. Segundo o entendimento espírita,
a verdadeira prece não deve ser recitada, mas sentida. Não deve ser um cômodo processo
de movimentação de lábios, mas uma expressão de sentimento vivo, real, a fim de
que realizemos legítima comunhão com a Espiritualidade Maior.
A prece outra coisa não é senão uma conversa
que tecemos com Deus nosso PAI; JESUS nosso MESTRE e Senhor; e com nossos
amigos espirituais.
É diálogo silencioso, humilde, contrito,
revestido de unção e fervor, em que o filho, pequenino e imperfeito, fala com o
PAI, poderoso e bom, perfeição das perfeições. Quando o espírita ora, sabe por
antecipação que sua prece não opera modificações na Lei, que é imutável.
Altera-nos, contudo, o mundo íntimo, que se retempera, valorosamente, de modo a
enfrentarmos com galhardia as provas com o Mundo Espiritual Superior.
JESUS definiu, claramente, a maneira de orar,
que pode ser entendida como as qualidades que a prece deve ter. Ele nos
recomenda que, quando orarmos, não devemos nos colocar em evidencia. Que não é
pela multiplicidade das palavras que seremos atendidos, mas pela sinceridade
delas. Recomenda-nos também perdoar qualquer coisa que tenhamos contra o nosso
próximo, antes de orar, visto que a prece agradável a DEUS parte de um coração
purificado pelo sentimento da caridade.
Esclarece, por fim, que a prece deve ser
revestida de humildade, procurando, cada um, ver os seus próprios erros e não
os do próximo.
Quando JESUS nos recomenda orar secretamente,
não está estabelecendo um posicionamento ou postura especial, física ou
mística, para entrar em comunhão com DEUS. Afinal, não podemos esquecer que
existe uma multidão de pessoas no planeta que não possui nem mesmo um modesto
quarto para se recolher. O que JESUS pretende é que busquemos o recolhimento
para, a sós, dialogarmos com DEUS. O essencial não é orar muito, mas orar bem.
As preces muito longas, além de cansativas, podem revelar uma forma de
ostentação, que é sempre contrária à humildade.
Aquele que ora sem compreender o que diz,
habitua-se a dar mais valor às palavras do que aos pensamentos. Para este, as
palavras é que são eficazes, ainda que o coração não participe.
A prece é sempre agradável a DEUS, quando
dita com fé, com fervor e sinceridade.
Todas as preces podem ser definidas como
sendo um apelo de nossa alma em ligação instantaneamente feita com o Mundo
Espiritual, segundo os princípios de afinidade estabelecidos no intercâmbio
mental.
A principal qualidade da prece é ser clara,
simples e precisa. Cada palavra deve ter o seu alcance, despertar um
pensamento, mover uma fibra. Só com esta condição a prece pode atingir o seu
objetivo. Do contrário não passa de ruído.
TIPOS DE PRECE
O mais perfeito modelo de exatidão, no caso
da prece, é sem contestação a oração PAI NOSSO. A verdadeira obra prima de
perfeição na simplicidade. Sob a mais reduzida forma, ela resume todos os
deveres do homem para com DEUS, para consigo mesmo e para com o próximo.
O PAI NOSSO deve ser visto não apenas como
uma prece, mas também como um símbolo, que deve ser colocado em destaque. Seja
porque precede do próprio JESUS, seja porque pode suprir a todas, conforme os
pensamentos que se conjuguem.
O PAI NOSSO encerra um pedido das coisas
necessárias à vida e o princípio da caridade. Quem ora o PAI NOSSO, em intenção
de alguém, pede para este o que pediria para si.
Todas as preces podem ser definidas como
sendo um apelo de nossa alma em ligação feita com o Mundo Espiritual.
Sendo a prece um apelo, podemos
classificá-la, conforme as instruções dos Benfeitores Espirituais, em: PRECE
VERTICAL, PRECE HORIZONTAL e PRECE DESCENDENTE.
A prece vertical é aquela que, expressando
aspirações realmente elevadas, se projeta na direção do Mais Alto, em face dos
mencionados princípios de afinidade recolhidas pelos Missionários das Esferas
Superiores.
A prece horizontal traduz anseios vulgares.
Encontrará ressonância entre aqueles espíritos ainda ligados aos problemas
terrestres.
Finalmente temos a prece descendente. A essa
não daremos a denominação de prece, e sim a chamaremos de invocação. Invocação
porque o apelo receberá a resposta de entidades de baixo tom vibratório. São os
pedidos inadequados, expressando desespero, rancor, propósitos de vingança,
ambições, etc.
Assim sendo, a prece é vertical, horizontal,
ou descendente, em decorrência do potencial mental de cada pessoa que ora, ou
dos sentimentos que ela expressa. Qualquer que seja, ela é uma ação provocando
a reação que lhe corresponde. Conforme a sua natureza, paira na região em que
foi emitida ou eleva-se mais ou menos, recebendo a resposta imediata ou remota,
segundo as finalidades a que se destina.
Desejos banais encontram realização próxima
na própria esfera em que surgem. Impulsos de expressão mais nobres são
amparados pelas almas que se enobrecem. Ideais e pedidos de significação
profunda na imortalidade remontam às alturas.
Cada prece, tanto quanto cada emissão de
força, se caracteriza por determinado potencial de freqüência e todos estamos
cercados por inteligências capazes de sintonizar com o nosso apelo, na forma de
estações receptoras.
A prece é vibração, energia, poder. A
criatura que ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos de
encantadora significação. Dentro dessa realização, o espírito em qualquer forma,
pode emitir raios de espantoso poder.
Constantemente cada um de nós recebe trilhões
de raios de várias ordens e emitimos forças que nos são peculiares e que vão
atuar no plano da vida, por vezes em regiões muitíssimo afastadas de nós.
A prece tem o poder de acalmar o espírito
comunicante desajustado, fornecendo-lhe fluidos salutares para a sua
harmonização íntima.
O médium que busca refúgio na prece cria um
ambiente, em torno de si, favorável ao amparo espiritual, livrando-o da ação
nociva de certos espíritos inescrupulosos.
Como a oração é a expressão mais alta e mais
pura do pensamento, traça uma via fluídica que permite às Entidades do Espaço
descer até nós e comunicar-se.
O médium que deseja servir na seara deve fazer da
oração o seu alimento diário, porque quanto mais importante a tarefa que esteja
executando, maior será o assédio que o experimentará.