2ª Aula - PRECES




A todos os presentes uma boa tarde e aos que ficaram impossibilitados de comparecer, nossa boa tarde também, através da sintonia e vibrações que serão aqui emanadas.
Primeiramente, quero lembrar a todos que devemos estar com os pensamentos voltados para o bem, em silêncio e numa corrente de harmonia, paz e tranquilidade. As vibrações que aqui ocorrem são trocas de energias entre consulentes e guias (através dos médiuns) que estarão trabalhando, doando seus fluidos e melhores sentimentos para atingir os objetivos dentro da caridade e do merecimento. Nem tudo é resolvido na hora ou em uma sessão. Todos devem ter perseverança, paciência e fé, fazendo a sua parte (orar, banhar, iluminar), Só JESUS CRISTO (OXALÁ) fez as coisas em seu momento (transformando água em vinho, curando Lázaro, multiplicando os pães, etc.). Portanto, vamos procurar estar sempre sintonizados com a espiritualidade, ajudando no desenvolvimento dos trabalhos e alcance dos objetivos voltados para o bem, sejam para si, seus familiares, amigos e, porque não, seus desafetos?
JESUS disse: ame ao próximo como a ti mesmo.
Uma das coisas que devemos fazer para estarmos sintonizados com a espiritualidade é a prece. E é sobre ela que passaremos a falar.
A PRECE é um ato de adoração. Orar a DEUS é pensar n’Ele; é aproximar-se d’Ele; é colocar-se em comunicação com Ele. Há três coisas que podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir e agradecer. Pode-se dizer também que a prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objetivo um pedido, um agradecimento ou uma glorificação. Orar não é apenas, suplicar, louvar, reclamar ou requerer. É, sobretudo, sintonizar pensamentos e emoção, construir fecundas conjugações mentais, estabelecer circuitos de poderosas energias construtivas. Segundo o entendimento espírita, a verdadeira prece não deve ser recitada, mas sentida. Não deve ser um cômodo processo de movimentação de lábios, mas uma expressão de sentimento vivo, real, a fim de que realizemos legítima comunhão com a Espiritualidade Maior.
A prece outra coisa não é senão uma conversa que tecemos com Deus nosso PAI; JESUS nosso MESTRE e Senhor; e com nossos amigos espirituais.
É diálogo silencioso, humilde, contrito, revestido de unção e fervor, em que o filho, pequenino e imperfeito, fala com o PAI, poderoso e bom, perfeição das perfeições. Quando o espírita ora, sabe por antecipação que sua prece não opera modificações na Lei, que é imutável. Altera-nos, contudo, o mundo íntimo, que se retempera, valorosamente, de modo a enfrentarmos com galhardia as provas com o Mundo Espiritual Superior.
JESUS definiu, claramente, a maneira de orar, que pode ser entendida como as qualidades que a prece deve ter. Ele nos recomenda que, quando orarmos, não devemos nos colocar em evidencia. Que não é pela multiplicidade das palavras que seremos atendidos, mas pela sinceridade delas. Recomenda-nos também perdoar qualquer coisa que tenhamos contra o nosso próximo, antes de orar, visto que a prece agradável a DEUS parte de um coração purificado pelo sentimento da caridade.
Esclarece, por fim, que a prece deve ser revestida de humildade, procurando, cada um, ver os seus próprios erros e não os do próximo.
Quando JESUS nos recomenda orar secretamente, não está estabelecendo um posicionamento ou postura especial, física ou mística, para entrar em comunhão com DEUS. Afinal, não podemos esquecer que existe uma multidão de pessoas no planeta que não possui nem mesmo um modesto quarto para se recolher. O que JESUS pretende é que busquemos o recolhimento para, a sós, dialogarmos com DEUS. O essencial não é orar muito, mas orar bem. As preces muito longas, além de cansativas, podem revelar uma forma de ostentação, que é sempre contrária à humildade.
Aquele que ora sem compreender o que diz, habitua-se a dar mais valor às palavras do que aos pensamentos. Para este, as palavras é que são eficazes, ainda que o coração não participe.
A prece é sempre agradável a DEUS, quando dita com fé, com fervor e sinceridade.
Todas as preces podem ser definidas como sendo um apelo de nossa alma em ligação instantaneamente feita com o Mundo Espiritual, segundo os princípios de afinidade estabelecidos no intercâmbio mental.
A principal qualidade da prece é ser clara, simples e precisa. Cada palavra deve ter o seu alcance, despertar um pensamento, mover uma fibra. Só com esta condição a prece pode atingir o seu objetivo. Do contrário não passa de ruído.
TIPOS DE PRECE
O mais perfeito modelo de exatidão, no caso da prece, é sem contestação a oração PAI NOSSO. A verdadeira obra prima de perfeição na simplicidade. Sob a mais reduzida forma, ela resume todos os deveres do homem para com DEUS, para consigo mesmo e para com o próximo.
O PAI NOSSO deve ser visto não apenas como uma prece, mas também como um símbolo, que deve ser colocado em destaque. Seja porque precede do próprio JESUS, seja porque pode suprir a todas, conforme os pensamentos que se conjuguem.
O PAI NOSSO encerra um pedido das coisas necessárias à vida e o princípio da caridade. Quem ora o PAI NOSSO, em intenção de alguém, pede para este o que pediria para si.
Todas as preces podem ser definidas como sendo um apelo de nossa alma em ligação feita com o Mundo Espiritual.
Sendo a prece um apelo, podemos classificá-la, conforme as instruções dos Benfeitores Espirituais, em: PRECE VERTICAL, PRECE HORIZONTAL e PRECE DESCENDENTE.
A prece vertical é aquela que, expressando aspirações realmente elevadas, se projeta na direção do Mais Alto, em face dos mencionados princípios de afinidade recolhidas pelos Missionários das Esferas Superiores.
A prece horizontal traduz anseios vulgares. Encontrará ressonância entre aqueles espíritos ainda ligados aos problemas terrestres.
Finalmente temos a prece descendente. A essa não daremos a denominação de prece, e sim a chamaremos de invocação. Invocação porque o apelo receberá a resposta de entidades de baixo tom vibratório. São os pedidos inadequados, expressando desespero, rancor, propósitos de vingança, ambições, etc.
Assim sendo, a prece é vertical, horizontal, ou descendente, em decorrência do potencial mental de cada pessoa que ora, ou dos sentimentos que ela expressa. Qualquer que seja, ela é uma ação provocando a reação que lhe corresponde. Conforme a sua natureza, paira na região em que foi emitida ou eleva-se mais ou menos, recebendo a resposta imediata ou remota, segundo as finalidades a que se destina.
Desejos banais encontram realização próxima na própria esfera em que surgem. Impulsos de expressão mais nobres são amparados pelas almas que se enobrecem. Ideais e pedidos de significação profunda na imortalidade remontam às alturas.
Cada prece, tanto quanto cada emissão de força, se caracteriza por determinado potencial de freqüência e todos estamos cercados por inteligências capazes de sintonizar com o nosso apelo, na forma de estações receptoras.
A prece é vibração, energia, poder. A criatura que ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos de encantadora significação. Dentro dessa realização, o espírito em qualquer forma, pode emitir raios de espantoso poder.
Constantemente cada um de nós recebe trilhões de raios de várias ordens e emitimos forças que nos são peculiares e que vão atuar no plano da vida, por vezes em regiões muitíssimo afastadas de nós.
A prece tem o poder de acalmar o espírito comunicante desajustado, fornecendo-lhe fluidos salutares para a sua harmonização íntima.
O médium que busca refúgio na prece cria um ambiente, em torno de si, favorável ao amparo espiritual, livrando-o da ação nociva de certos espíritos inescrupulosos.
Como a oração é a expressão mais alta e mais pura do pensamento, traça uma via fluídica que permite às Entidades do Espaço descer até nós e comunicar-se.
O médium que deseja servir na seara deve fazer da oração o seu alimento diário, porque quanto mais importante a tarefa que esteja executando, maior será o assédio que o experimentará.