30 de março de 2012

OS SETE REINOS DA UMBANDA - ULTIMA PARTE


1-     Reino do Fogo – Orixá regente Ogum – cor vermelha – iniciativa
Características: Criação, nascimento, impulso, iniciativa, calor, rompimento, manutenção, destruição, guerreiros, tudo que é vermelho, velas, ferro, espadas, lanças, escudos, liderança, princípio, proteção, caminhos, ondas eletromagnéticas, espada de ogum.
A primeira mensagem que nos vem á mente, quando vibramos a palavra Ogum é a do guerreiro.
É aquele que avança, sem medo, sobre o desconhecido, é aquele que abre caminhos, para que os demais possam trilhá-lo, sem preocupações ou receios, que toma a iniciativa, que vai á frente empunhando a bandeira e fazendo se respeitar, se preciso for pela espada e pela lança.
Nada o detém, pois sua determinação é como o ferro; não muda de idéia facilmente e sabe muito bem, quais são as suas metas e objetivos.
Além de avançar, de romper barreira, é ele quem garante a segurança pelos caminhos, e aí incluímos todos os caminhos, os materiais e espirituais. É ele quem garante que a ordem seja cumprida.

2-     Reino da Terra – Orixá regente Xangô – cor marrom – estrutura
Características: corpo físico, educação, controle, juízes, leis, regras, justiça, rochas, pedras, cristais, tudo o que é marrom, estrutura, esqueleto, pedreiras, rosas amarelas, balança, lei de ação e reação, karma, sustentação, suporte, espada-de-Xangõ, destino, sal grosso, obstáculos.
Xangô é o Orixá responsável pela justiça, é o senhor das leis, das estruturas...
Esta vibração cósmica geradora regula as leis universais, da matéria e do espírito, é o senhor do karma, sua balança é imparcial.
Determinado, rege todas as situações e ambientes onde se faça necessário o cumprimento das leis, sejam elas leis dos homens, da natureza ou de Deus.
Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal, é o Orixá do raio e do trovão. Miticamente, o raio é uma de suas armas, que ele envia como castigo. Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados – a famosa balança da justiça. Seu axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos a flor da terra, nas pedreiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis.


3- Reino do Ar – Orixá regente Iansã – cor amarela – expansão
Características: mente, pensamentos, rapidez, som, música, comunicação, ventania, brisa, tempestade, tudo que é amarelo, oxigênio, planeta mercúrio, crescimento, incensos, aromas, aromas das flores,  movimento, dualidade, crianças, correria, atmosfera, espada-de-iansã, furacão, fumaça, defumação, sinos, rojões, trovões, explosões.
Senhora dos ventos e das tempestades, Iansã governa o reino do ar, tem predomínio sobre tudo aquilo que é gerado através do ar.
Em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura de Santa Bárbara, talvez por causa do raio, já que a Santa é sempre invocada para proteger um fiel de uma tempestade. Deve ser saudada após os trovões, não pelo raio em si, mas principalmente porque tem sido Iansã uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, cconsequentemente, da tempestade.

3-     Reino da Água – Orixá regente Iemanjá – cor azul-claro – adaptabilidade
Características: emoções, água, mãe, tudo que é azul, emocional, sal marinho, fertilidade, nascimento, gravidez, leite, banhos, rios, lagoas, cachoeiras, cascatas, flores brancas, perfumes, líquidos corporais, aceitação, ondas, mares, amor, amor materno, beleza, útero, navios, marinha, pescadores, marinheiros, praia, areia, suavidade, sensualidade, fases, família, delicadeza, explosões emocionais, calmaria, maremoto.
É a grande mãe. Rainha das águas, divide com os outros Orixás femininos o reinado sobre as águas, mas por ser a vibração responsável pelo mar, é representada como a vibração cósmica do reino das águas, pois é dominante em nosso planeta.
Além de ser a mãe de todos os seres vivos, pois a vida nasceu na água, é considerada a mãe de quase todos os orixás de origem ioruba(com exceção de logunnedê).
Sua vibração é de tolerância, aceitação e carinho. Iemanjá significa energia geradora, os elementos geradores, o eterno feminino, o princípio das águas, a divindade da fecundação, da gestação, etc...

5 – Reino das Matas -  Orixá regente Oxossi – cor verde – Independência
Características: caboclos, irmãos, sustento, individualidade, liberdade, paciência, remédios, conhecimento, trilhas, plantas, árvores, ervas, flores, madeira, tudo o que é verde, chás, banhos de ervas, flechas, arco e flecha, índios, direção, animais, insetos, pássaros, floresta, plantações, solidão, cobras, fumaça, defumação, cheiro de mato, fumo, folhagens, cipós, estômago, digestão, intestino, penas, samambaias.
É o caçador. Aquele que se embrenha nas matas para buscar o sustento. É o que caminha pelas trilhas, o que abre caminhos pela floresta e matas cerradas, é o que vai ao encontro de novas tribos.
Oxossi é o Orixá masculino ioruba responsável pela fundamental atividade da caça. É o solitário, o que espera a caça, aquele que tem paciência e passa dias esperando atingir seus objetivos.
É representado como caboclos e índios nos terreiros de umbanda, pois são estes que mais se identificam com o Orixá cósmico Oxossi.
A mata é a fonte de sustento, e também onde encontramos todas as ervas e plantas que utilizamos para fazermos a maioria dos remédios; é portanto, um Orixá ligado à cura das doenças, seus mensageiros espirituais dominam as técnicas da manipulação das energias existentes neste reino.

6- Reino da Humanidade – Orixá regente Oxalá – cor branca – livre-arbítrio
Características: Pai, Cristo, pureza, beneficência, ajuda ao próximo, a sociedade, fé, profissões, diferenças, raças, evolução, tudo o que é branco, regras sociais, culturas, flores brancas e delicadas, perfumes suaves, estrela, céu, religião, leis naturais, o planeta terra, leis de Deus, evangelho, criação da humanidade, roupas brancas, sol, ciência, lugares altos, paz, amor, caridade, fraternidade.
Oxalá é considerado o principal Orixá dentro do panteão africano.
Esta importância deve-se ao fato dele ser o pai dos outros Orixás e também o Orixá responsável pela criação da humanidade. Esta é a razão do sincretismo existente entre Jesus e Oxalá, pois ambos são responsáveis pela humanidade, pelos homens, cada um dentro de uma cultura.
Em nossos estudos tratamos os Orixás como vibrações cósmicas, ou seja, entidades espirituais que possuem um altíssimo grau de evolução espiritual; são seres que comandam a construção do universo. Para Oxalá, foi dada pelo criador, a responsabilidade de criar e zelar pela humanidade.
É nesta fase que exercemos o livre-arbítrio, e é neste reino que erramos e aprendemos, e para completarmos o processo evolutivo reencarnamos várias vezes.
É esta vibração cósmica, a responsável pela paz, pela fraternidade, pelas relações sociais, o sentimento religioso, é conhecido por outras filosofias e religiões como o governador do sistema solar.
Oxalá não tem mais poderes do que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. É o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do CEO e da terra, é o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores.

7 – Reino das Almas – Orixá regente Omulu – cor preta – espiritualidade
Características: o inconsciente, escravidão, os avós, magia, exus, quiumbas, morte, cemitério, doenças, a cura das doenças, eguns, tudo o que é preto, cor roxa, mistérios, infinito, mundo espiritual, perturbações, obsessões, lugares sombrios, vela preta ou preta e branca, pipoca, hospitais, necrotérios, túmulos, velhice, sabedoria, pretos velhos, cruz, cruzeiro, sofrimento, dor, punição, lama, brejo, transformação, mediunidade, cura espiritual, profundezas, expiação, regeneração, transcendência.
Omulu é o Orixá das doenças e das curas. É o responsável pela vida e pela morte. Ele simboliza a sabedoria, os mais velhos, daqueles que atingiram o último estágio.
Na Umbanda a linha dos pretos velhos é a representante do reino das almas, embora encontremos também caboclos pertencentes a linha das almas.
A vibração cósmica de Omulu é a vibração responsável pelas pestes e epidemias, assim como pela cura destas doenças. Seu campo de atuação é o cemitério.
Neste reino é onde encontramos todas as almas, os espíritos evoluídos ou não. Omulu é responsável por todas aquelas almas que ainda sofrem, almas que ainda se encontram presas em suas ilusões e doenças espirituais. Ele que encaminha as almas desencarnadas.
Fonte: Umbanda: Os sete reinos sagrados - Manoel Lopes

16 de março de 2012

OS SETE REINOS DA UMBANDA - "PRIMEIRA PARTE"


                                            
CAMPOS DE FORÇA
 O termo campo é emprestado da física moderna. A maioria de nós já estudou nos cursos básicos, os princípios de eletricidade e das partículas elementares: elétrons e prótons.
O elétron é definido como uma partícula que possui carga elétrica, ou seja, se colocarmos outro elétron notaremos a manifestação de uma força de repulsão entre as duas partículas.
Afirmamos  então, que existe ao redor da partícula denominada elétron, um campo elétrico, onde qualquer partícula que possua carga elétrica, colocada dentro deste campo sofrerá a ação de uma força.
Interação entre os Universos
Sabemos que os espíritos agem sobre a matéria; basta pensarmos em nós mesmos, pois somos espíritos encarnados ( ligados a matéria ), ou seja, nosso espírito controla todo nosso corpo, ele tem ação sobre a matéria.
Mas, se espírito e matéria são princípios diferentes e existem em universos diferentes e com características diferentes, como se processa esta interação entre estes universos ( o material e o espiritual).
É ponto pacífico a interação, pois além do exemplo dado acima basta ir a um terreiro de umbanda e assistir as manifestações dos guias: caboclos, pretos velhos, exus, crianças etc.
Dizemos que a interação entre matéria e espírito se dá através da interação entre o “campo etérico e o campo estrutural” ou “Duplo Etério”.
Campo Etérico
É o conjunto de todas as radiações geradas pela matéria independente de sua natureza. A matéria gera o campo etérico, mas, as perturbações no campo etérico também produzem alterações na estrutura da matéria.
Campo Estrutural
O “Campo Estrutural” é gerado e mantido pela vontade do espírito.
Como exemplo, pedimos que você mentalize uma estrela vermelha. Neste processo de mentalização, seu espírito plasmou na dimensão espiritual a imagem de uma estrela vermelha. Esta imagem é mantida pela sua vontade e através das ondas mento-emocionais  emitidas por você.
Se você parar de mentalizar a estrela, ela provavelmente deixará de existir, por isto é que afirmamos que o espírito gera e  mantém o campo estrutural.  Lembramos que todos os espíritos possuem a capacidade de gerar campos estruturais, alguns possuem mais habilidades e força, mas todos possuem a capacidade de gerar e manter os campos estruturais.
As chamadas “formas-pensamentos” são um dos tipos de campos estruturais artificiais criados pelos espíritos. Os campos estruturais são formados a partir das ondas mento-emocionais geradas pelos espíritos. A energia mantenedora dos campos estruturais são as vibrações espirituais.
Quando falamos de espíritos estamos nos referindo a todos, sejam encarnados ou não.
Naturalmente que estão incluídos os Caboclos, Pretos Velhos, Exus e toda hierarquia de guias e protetores espirituais, mestres, anjos e Orixás.
Estes campos quando gerados podem ser mantidos por um único espírito ou por uma comunidade de espíritos, o que normalmente chamamos de egrégoras.

                                                      

As egrégoras são estruturas espirituais criadas e mantidas por um conjunto de espíritos.
Egrégora é um Campo Estrutural específico, formado pelas vibrações espirituais oriundas de muitas origens.Estes campos estruturais chamados egrégoras são criados, mantidos, alterados e destruídos por nós, mas também devolvem energia e força a todos aqueles que participam da sua formação.A energia espiritual devolvida pela egrégora sempre é bem maior do que a energia espiritual fornecida por nós e também é proporcional ao número de espíritos que a compõem.

                                                     

Manifestações do campo Estrutural

1.      Aquilo que os espíritas chamam de perispírito, nada mais é do que um campo estrutural, a própria doutrina diz que os espíritos podem mudar a sua “vestimenta fluídica”  na hora que quiserem.
2.      Podemos dizer que um templo de umbanda é uma construção(um salão, uma casa, uma sala, etc.), mas é mais do que uma simples casa. Dizemos que existe neste lugar um campo estrutural, que é mantido por todos os participantes deste templo (incluindo os espíritos de caboclos, pretos velhos, Exus, etc).
Este campo estrutural transformou aquela construção num lugar sagrado, e todos aqueles que participam do templo de Umbanda alimentam o campo estrutural com suas ondas mento-emocionais, e desta forma sentem a influência do campo estrutural, mantendo respeito, a educação, a compostura, o equilíbrio que o lugar inspira.
3.      O campo Estrutural transfere para aquelas pessoas que estão em sua área de atuação as mesmas  características das ondas mento-emocionais que estão mantendo a egrégora. Quando estão em oração, mesmo sem saberem, estão alimentando e mantendo o campo estrutural do templo de umbanda.
4.      Quando temos um desentendimento com uma pessoa, esta pessoa cria um campo estrutural negativo sobre nós, enquanto aquele desentendimento existir, a pessoa estará alimentando com as ondas mento-emocionais aquele campo estrutural negativo.
5.      Nós mesmos geramos campos estruturais sobre nós, alguns podem acabar nos prejudicando, nos limitando. Muitas vezes somos vítimas dos nossos próprios campos estruturais. Em função de todas as nossas encarnações, geramos um campo estrutural que é fruto da nossa evolução e experiências vividas, sejam elas boas ou más. Este campo é normalmente responsável pelas nossas limitações, ou em outras palavras pelo nosso destino, ele nos prende e nos influência.         



7 de março de 2012

FALANDO SOBRE SONHOS

                                    
O corpo físico possui uma reserva limitada de energia e, no decorrer do dia acontece um desgaste da mesma, o que leva o corpo à necessidade de sua reposição. Esta necessidade é o que sugere o cansaço e a sensação de sono. Diz-se sensação porque o espírito não dorme, portanto, não tem a necessidade de repouso. O corpo “exige” o recolhimento e conduz o espírito à experiências fora do corpo.
Enquanto o corpo descansa permite o fenômeno de desprendimento do espírito. A essas experiências também denominamos “sonhos”.

No programa Transição, exibido pela Rede TV no último dia 05 de junho, um dos pesquisadores mais importantes da Doutrina Espírita, Milton Felipeli falou sobre a Interpretação dos Sonhos na visão espírita. Segundo Felipeli, na ciência, Freud explica em seu livro “A Interpretação dos Sonhos”: “Sonho é a estrada que conduz à realidade da inconsciência”. Para Freud, os instintos reprimidos eram manifestados através dos sonhos. A psicologia diz que sonhar é um momento especial do ser em que ocorre a inatividade do corpo físico. Podemos considerar 4 tipos de sonhos:

• Sonhos fisiológicos - por influência orgânica vive-se situações alucinatórias.
• Sonhos pantomnésicos - recordações do passado.
• Sonhos premonitórios - apreensão do futuro, sonho profético.
• Sonhos espirituais - vivência no plano espiritual
Conforme nos explica Allan Kardec em O Livro dos Espíritos – Cap. 8 “Emancipação da Alma” (400 a 412):
402 - Como avaliar a liberdade do Espírito durante o sono?
– “Pelos sonhos. Quando o corpo repousa, o Espírito tem mais condições de exercer seus dons, faculdades do que em vigília; tem a lembrança do passado e algumas vezes a previsão do futuro; adquire mais poder e pode entrar em comunicação com outros Espíritos, neste mundo ou em outro. Quando dizeis: tive um sonho esquisito, horrível, mas que não tem nada de real, enganais-vos; é, muitas vezes, a lembrança dos lugares e das coisas que vistes ou que vereis numa outra existência, ou num outro momento. O corpo, estando entorpecido, faz com que o Espírito se empenhe em superar suas amarras e investigar o passado ou o futuro...
... O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono; mas notai que nem sempre sonhais, porque nem sempre vos lembrais do que vistes, ou de tudo o que vistes. É que vossa alma não está em pleno desdobramento. Muitas vezes, apenas fica a lembrança da perturbação que acompanha vossa partida ou vossa volta, à qual se acrescenta a do que fizestes ou do que vos preocupa no estado de vigília; sem isso, como explicaríeis esses sonhos absurdos que têm tanto os mais sábios quanto os mais simples? Os maus Espíritos se servem também dos sonhos para atormentar as almas fracas e medrosas.”

Milton Felipeli explica que os sonhos demonstram três importantes fatos:

• Relação entre o Espírito e a Matéria
• Agregação – como o corpo físico incide sobre os atos do espírito
• Prova da Imortalidade da alma

Recordação dos sonhos
O sonho é a realidade das atividades do espírito, ou seja, uma lembrança do que o espírito viveu durante o sono. Seja uma recordação da infância ou vidas passadas, muitas vezes associada à vida presente, com uma projeção do futuro. Porém, nem sempre é possível e preciso a lembrança dos sonhos, pois poderia causar acontecimentos desagradáveis, devido à falta de desenvolvimento da alma de forma que permita um maior entendimento e aceitação.

Segundo Milton Felipeli, a maior dificuldade está na interpretação dos sonhos. As lembranças são geralmente, associadas à vida encarnada e, nem sempre é isso que acontece. Muitas vezes está relacionada às vidas passadas porque o distanciamento do espírito amplia a memória das vidas anteriores. Felipeli explica que o espírito possui três atividades teóricas essenciais: a inteligência, a vontade e o pensamento, ultrapassando a linha do tempo.

Existem profissionais fazem análises dos sonhos, porém é de suma importância que se faça com seriedade e responsabilidade. Muitas vezes estas análises trazem importantes informações que auxiliam no aprimoramento e autoconhecimento do espírito. Envolvidos aos sentimentos e emoções, nos sugestionamos às interpretações que julgamos serem as verdadeiras.

Sonhos premonitórios:
Algumas vezes durante o sono ocorre a ampliação da condição da inteligência e os sonhos são conduzidos de forma a encontrar caminhos para solucionar problemas. O conteúdo, associado às preocupações vividas durante o dia podem sugerir previsões de acontecimentos ou ainda sofrer influências de espíritos desencarnados através do pensamento. Situações do dia a dia também podem influenciar os sonhos, daí as referências com brigas, água, fogo, etc.

Quando o fato sonhado acontece, pode ser pela capacidade de clarividência, ou seja, um tipo mediúnico que permite ver acontecimentos do mundo material, como forma de diagnosticar situações, estando ou não associada a vidência, que é o tipo mediúnico que permite o médium a ver espíritos, como explica Kardec em O Livro dos Médiuns – Cap. XIV – “Médiuns Videntes”

“168. Cumpre distinguir as aparições acidentais e espontâneas da faculdade propriamente dita de ver os Espíritos. As primeiras são frequentes, sobretudo no momento da morte das pessoas que aquele que vê amou ou conheceu e que o vêm prevenir de que já não são deste mundo. Há inúmeros exemplos de fatos deste gênero, sem falar das visões durante o sono. Doutras vezes, são, do mesmo modo, parentes, ou amigos que, conquanto mortos há mais ou menos tempo, aparecem, ou para avisar de um perigo, ou para dar um conselho, ou, ainda, para pedir um serviço.”
                              

Encontros com encarnados e desencarnados nos sonhos

Durante o sono o espírito se distancia do corpo físico, mas não fica inativo. Segundo o pesquisador Milton Felipeli, neste momento o encontro com entes-queridos é possível da mesma forma com desafetos, de acordo com o pensamento, que nos liga uns aos outros com uma variedade de motivos. Nestes encontros também é possível dar e receber ajuda. Os motivos dos encontros entre encarnados durante os sonhos, estando ou não no mesmo local, também são variados: situações inacabadas desta ou de outras vidas, preocupações, discussões muitas vezes familiares, que precisam de uma solução para auxiliar na evolução dos espíritos envolvidos. Este fenômeno é chamado “erraticidade parcial”.