20 de fevereiro de 2012

MEDIUNIDADE: DIFERENTES ESPÉCIES E ESTADOS - MÉDIUNS DE UMBANDA

                                  

Mediunidade é a possibilidade que têm as criaturas de servirem de intermediários nas comunicações entre o mundo invisível(o mundo dos espíritos desencarnados) e o mundo visível(mundo dos espíritos encarnados ou o mundo que habitamos como criaturas humanas).
No espiritismo de Kardec, isto é, no Kardecismo, os médiuns tomam o nome de aparelhos. Na Umbanda, porém, têm os médiuns a denominação de cavalos.
Entre as muitas espécies de mediunidade existentes vamos nos preocupar apenas com as seguintes, justamente por serem as que, de modo geral, são mais comuns e, por isso mesmo, mais facilmente observadas:
1-      Intuitivas
2-      Motoras
3-      Clarividência
4-      Incorporativas ou incorporação

Em cada uma dessas espécies de mediunidade, a entidade que trabalha com o médium nada mais faz do que acavalar ou montar o médium, de vez que atua sobre ele, fazendo-o por sobre a cabeça e os ombros como se o estivesse montando.

1- Mediunidade Intuitiva: Mediunidade em que a entidade, ao trabalhar com o médium, atua sobre a parte mental e sobre os membros superiores.
2-  Mediunidade motora: é a mediunidade que fornece energia ao médium, para a realização dos trabalhos de efeito físico, tais como: voz direta, transporte de objetos, nebuloses, materializações parciais ou totais.
3-  Mediunidade de clarividência: é a que permite ao médium ter a visão nítida e segura de trabalhos físicos e outros em realização no astral. A entidade envia os fluidos tão somente sobre a parte mental do médium.
4-   Mediunidade Incorporativa: é a mediunidade em que a entidade como que acavala ou monta o médium. A entidade envia seus fluidos sobre a parte mental do médium, sobre a parte nervosa e sobre os membros(inferiores e superiores). Nesse tipo de mediunidade, a entidade como que hipnotiza o médium. Se o médium é totalmente hipnotizado, ou seja, se é totalmente dominado pela entidade, diz-se que a incorporação é total ou que o médium é inconsciente. Tal não ocorrendo, a incorporação é parcial ou o médium é consciente ou semiconsciente.

Qualquer que seja a espécie da mediunidade, poderá ela se apresentar de uma dos quatro seguinte estados:

1-   latente
2-   Progressivo
3-   Ostensivo
4-   Desenvolvido

No estado latente, a mediunidade ainda não se manifestou, isto é, ainda não foi constatada visivelmente ou foi afastada. Somente poderá ser verificada ou aceita por um exame meticuloso ou por suposição.
No estado progressivo, a mediunidade começa a se manifestar ou já se apresenta mais ou menos verificável.
No estado ostensivo, a mediunidade se apresenta em toda sua força e, assim, é facilmente constatada.
No estado desenvolvido, a mediunidade se apresenta em seu máximo grau de intensidade e com sua mais acentuada produtividade. Neste estado é que se encontra a mediunidade dos médiuns que, seja nos centros Kardecistas, seja nos terreiros umbandistas, praticam a caridade no maior grau que lhes é possível. Sim, porque ser médium, antes de mais nada, é praticar a caridade.

Toda criatura humana querendo ou não aceitar tal hipótese é médium seja de que espécie for de mediunidade. É necessário então que use essa mediunidade, ou seja, servir de intermediário nas comunicações entre o mundo invisível e o mundo visível(mundo dos espíritos desencarnados e mundo dos espíritos encarnados). É necessário portanto que se prepare essa mediunidade para que, sendo usada, possa redundar em benefício de outrem.

Quanto á mediunidade, ainda poderemos dizer que, para uns, é ela o dom que têm certas pessoas para servir de intermediários nas comunicações entre o mundo visível e o mundo invisível. Para outros, porém, mediunidade é faculdade que independe da sua vontade que manifestam-se por diferentes modos e meios de acordo com a formação da criatura no estado embrionário; as suas faculdades ou qualidades são subordinadas ao signo que a rege e sob aspectos ao qual o óvulo é fecundado.
Muitas podem ser provenientes do karma da pessoa, para que, beneficiada com esta espécie de mediunidade, possa melhor resgatar faltas ou praticar atos que por desígnios superiores tenham que ser cumpridos. Neste estado, não podemos determinar a mediunidade, pois faz parte do karma e varia com as criaturas.

Uma das espécies de médiuns de mais importância da umbanda é a dos Cambones ou Cambonos. São eles os elementos que inconscientes de que o são e do valor que têm, muitas vezes realizam trabalhos sob a influência da entidade dirigente do médium.
Sobre os Cambones pesa também grande parte da responsabilidade, pois, em vista da ausência do consciente do médium, o cérebro que dirige, que pensa, que realiza, é o do seu complemento, isto é, do seu cambono. Cambono nada mais é do que um médium que colaborando com o que incorpora ou com o que dirige uma sessão qualquer, ajuda-o e o completa. São pois ao que se dizer médiuns auxiliares.
                                    

Bibliografia:
O livro dos médiuns de Umbanda - Antônio Alves Teixeira Neto - Editora Eco