Os egípcios que explicaram amplamente e com detalhes, tudo
sobre os Anjos, tiveram seus estudos totalmente destruídos pelo fogo da
ascensão do cristianismo primitivo do Ocidente.
Portanto ao falarmos de anjos não podemos deixar de citar os
estudos cabalísticos desenvolvidos pelos judeus, que foram os primeiros a
acreditar nesta energia. O mundo cabalístico é dividido em quatro hierarquias
energéticas: emanação, criação, formação e ação.
Emanação é o centro de todas as energias.
Criação é o tempo e o espaço.
Formação é o mundo das espécies, das coisas concretas que
têm forma definida.
Ação é a força pela qual cada individualidade criada, age e
manifesta vida.
Trataremos da parte da qual o mundo angelical faz parte, ou
seja, a formação.
As primeiras descrições sobre Anjos relacionam-se ao Antigo
Testamento, sendo a menção mais antiga ha mais de 4.000 anos a.C., em Ur, uma cidade
do Oriente Médio.
Somente em 312 d.C. o imperador romano Constantino, mesmo
sendo pagão, introduziu os Anjos no Cristianismo, época em que ele se converteu
quando viu uma cruz no céu, antes de uma batalha importante.
Depois de várias idas e vindas da Igreja, em 787 d.C.
definiu-se dogma somente em relação aos arcanjos: Miguel, Uriel, Gabriel e
Rafael.
São Thomaz de Aquino, grande estudioso do assunto, dizia que
os anjos são seres cujos corpos e essências são formadas de um tecido da
chamada luz astrais. Eles se comunicam com os homens através da egrégora,
podendo assim, assumir formas físicas.
A auréola que circunda a cabeça dos anjos é de origem
oriental. No Egito, a aura da cabeça foi atribuída ao Deus Rá e mais tarde na
Grécia ao Deus Apolo. As asas representam a rapidez com que os anjos se
locomovem.
A tradição católica dividiu os anjos em três grandes
hierarquias, subdivididas cada uma em três companhias:
1)
Serafins, que personificam a caridade divina.
Querubins, que refletem a sabedoria divina.
Tronos,
que proclamam a grandeza divina.
2)
Dominações, que têm o governo geral do Universo.
Potências, que protegem as leis gerais do
Universo.
Virtudes, que promovem prodígios.
3)
Principados, responsáveis pelos reinos, estados
e países.
Arcanjos, responsáveis pela transmissão
de mensagens importantes.
Anjos, que cuidam da segurança dos
indivíduos.
Seu Anjo de Guarda pessoal está
junto de você desde o dia em que nasceu até o dia do desencarne e estão sob as
vibrações de um determinado Orixá, de acordo com sua data de nascimento. É um
mensageiro do pai Criador, que nos protege no dia a dia.
Temos nossa essência espiritual e
ou data do nascimento em consonância com uma das Sete Vibrações Cósmicas ou
Linhas Espirituais. Muitos chamam essas Vibrações de Leis Cósmicas, que regulam
o nosso destino. É o que denominamos de Doutrina Natural ou Lei do Karma.
Assim, podemos concluir e afirmar
que o nosso Anjo de Guarda emana Vibrações
Cósmicas do nosso correspondente Orixá, ou seja, aquele que nos protege no dia
a dia, e ao pedir proteção ao nosso Anjo de Guarda, está-se pedindo proteção ao
nosso Orixá.
Os problemas fazem parte da vida,
do cotidiano de cada um; a beleza disso é você poder orientar alguém com uma
palavra amiga e transformar o seu Karma e o daquela pessoa.
Quando você pede ajuda a qualquer
entidade para resolver um problema e não é atendido, não se revolte, mas sim
pergunte: será que eu merecia essa graça? Tenha calma e pense. Deus é o grande
pai e nunca nos abandona. Pensar é estar com Deus. A harmonização dos anjos com
as coisas terrenas só é conseguida quando você pensa, pois existe uma sintonia
pelo elo mental.
A infelicidade deixa o Anjo de
Guarda sem ação. Quando você vai a uma festa e fica ao lado de uma pessoa que
resmunga o tempo todo ou fica contando desgraças. Provavelmente a sua atitude
será de afastar-se rapidamente. O mesmo acontece com seu Anjo de Guarda. O anjo
não participa da infelicidade; em nada lhe ajudaria que ele ficasse chorando ao
seu lado. Ele fica então no astral, esperando e enviando energias positivas,
aguardando o instante em que você decida parar de sofrer e assim possa ocorrer
a transformação.
Quando ficamos otimistas, o
trabalho de proteção do anjo fica muito mais fácil, pois nossa aura se expande
e através de nossa mente ou de nossos sonhos, ele consegue nos fazer intuir
qual seria a direção certa.
Para conversar com o Anjo de
Guarda é necessário ser criativo. Não pressione ou cobre resultados. Rezar é
harmonizar com o fluxo de energia divina; através das orações você pode chegar
até o mundo angelical.
Portanto, devemos sempre que
possível (e não apenas nas horas de necessidades) rezar para o nosso Anjo de
Guarda. Ele é nosso mensageiro/protetor de muita força e magnitude. É o
espírito protetor de uma ordem elevada que vela por nós porque aceitou essa
tarefa.
Para estarmos bem sintonizados
com nosso Anjo de Guarda devemos usar o poder mágico das velas, que através da
nossa vontade, aciona determinadas forças ou mesmo potências espirituais, que
farão com que alcancemos um objetivo ou uma graça.
Para refletir o nosso pensamento
e o nosso desejo, através das velas, basta a utilização de uma vela comum. A
nossa fé, aliada à luz da vela é que transportará o nosso pensamento e o nosso
desejo ao mundo astral, ou seja, ao nosso Anjo de Guarda.